Agora é oficial: a picape Hoggar e o sedã 207 Passion já não constam mais do site da Peugeot no Brasil. Os dois modelos também sumiram da lista de preços que a marca francesa envia aos jornalistas todos os meses. A morte das duas versões tupiniquins do hatch 207 já era aguardada desde o ano passado, mas, na época a Peugeot desmentiu a informação. No fim, apenas a perua 207 SW saiu de cena.
Mas o fim da família 207 era questão de tempo. Com vendas em queda, os quatro modelos agora darão espaço para os compactos da Citroën e a dupla 208 e 2008, este último previsto para lançamento em 2015. Aliás, o hatch 207, na verdade, um 206 reestilizado, ainda segue em linha, porém, vende cada vez menos – em setembro foram apenas 135 unidades.
À deriva
A situação da Peugeot no Brasil nunca foi tão ruim. De um período de graça no final da década de 90, quando o 206 virou objeto de desejo, a marca francesa vem perdendo clientes ano a ano. Nem o bom 208, que chegou aqui quase junto com a Europa, conseguiu reverter a situação. A montadora amarga apenas a 12ª posição no ranking de vendas em 2014 e, caso o 2008 não mude esse cenário, deve ser ultrapassada até pelas marcas de luxo BMW, Mercedes e Audi.
A verdade é que a Peugeot colecionou erros de estratégia nos últimos tempos. O primeiro deles foi batizar o 206 reestilizado de ‘207’. Depois vieram o 207 sedã e a picape Hoggar, produtos feitos para o Brasil, mas que não caíram no gosto. Seus modelos médios também custaram a evoluir: o 308 foi o que melhor se saiu, mas nem passou perto das boas vendas do 307. Já o sedã 408 é figura rara nas ruas. Mas o grande problema da marca é a imagem que tem de ser cara e ruim de pós-venda. Mesmo com muita campanha, essa percepção parece não ter mudado.
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A empresa anda mudando de presidente com uma frequência incomum no Brasil. Espera-se que agora o novo presidente consiga mudar esse quadro.
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Além desses graves erros estratégicos, some-se o fato de que são carros com altíssima desvalorização e pós atendimento péssimo. As lojas têm práticas lesivas ao consumidor e não agregam nada de valor aos carros vendidos.
Tive uma hoggar e o carro foi ótimo, em 3 anos zero de manutenção, revisões com preço ok, porém na hora de vender, a própria PUG era a que pagava menos… Voltaria a ter outro carro da marca, mas na hora da compra teria que ser MUITO vantajoso em relação a concorrência, assim como a Hoggar foi na época.
Comprei um 207 XR Sport. Gosto do carrinho, mas a suspensão podia ser um pouco menos firme porque a falta de padrão de qualidade nos pavimentos da cidade onde moro vai além do esquisofrênico. No entanto o carrinho é seguro e passa bastante segurança na estrada. Os pneus são bem resistentes. De fato o carro nunca me deu problema, a não ser uns ruídos que foram sanados com pequenos ajustes e instalação de uns pads de EVA nuns encaixes do painel, culpa do terrível pavimento fruto de roubo de IPTU e IPVA da cidade de Campo Grande.
Comprei o carro porque aprendi a gostar da marca e confesso que as concessionárias ainda estão um pouco aquém do valor do nome e dos produtos Peugeot. Mas melhoraram e não esperem milagres em concessionárias de outras marcas. Parece incrível, mas as pessoas do MS preferem pagar mais caro para consertar seus Peugeot’s do que levá-los a certas oficinas careiras e improvisadas. Há coisas que compensam ser pagas um pouco mais na concessionária. Outras não.
Ultimamente comparei o 508 com o DS 5. Estava apaixonado pelo DS 5, mas o 508 traz massageador nos bancos da frente, medidor de vaga de estacionamento lateral, suspensão traseira multi-link, além de mais espaço para quem vai atrás e pesa 100 Kg a menos bem como 100 Kg a menos do que o belíssimo 408. Por isso que o motor 1.6 THP funciona melhor no 508 do que nos demais. Mas após o lançamento, a Peugeot esqueceu do 508 como fez com o 407 e pior, aumentou o preço do carro. Gostaria de saber quem é o agente da KGB que atua na Peugeot do Brasil e ainda ganha bem para destruí-la.
E que venha logo o 2008 porque senão, vai chegar sem ser novidade.
A Peugeot deveria amaciar mais o 207 sedan bem como o Hatch, oferecer os mimos da versão XR S e apresentá-los como carros na faixa de 32-34 mil. Voltariam a vender bem. Embora os projetos sejam antigos, eles ainda têm características que os mantém atuais. Esses são os cachorrinhos ou gatinhos loucos da Peugeot que podem fazer a empresa a bater no mercado de March, Voyage, Gol e coisas parecidas. Vejam a FIAT vendendo o Palio Fire. A Peugeot tem que melhorar os preços do 207 hatch e sedan e estufar o peito e oferecer o produto com mais opções de cores como faz a FIAT.
Se a Peugeot colocar o 208 na faixa de preço das linhas do 207, ela venderá mais que Volkwagen com o Gol. O lançamento do 208 versão de entrada com manivelas nas portas de trás queimou a imagem do carro. E tirando o fator da falta da embreagem dupla que o Fiesta tem, o carro se oferecido a preço um pouco melhor, venderá bastante. No Mato Grosso do Sul o C3 voltou a vender mais do que o 208. E a concessionária Citroën está superior à da Peugeot na aparência e melhor localizada. Talvez isso esteja a ajudar nas vendas porque antes, com a loja concessionária acanhanda que tinha, a Citroën estava a vender menos que a Peugeot até então.
A linha 207 com motor 1.5 e versão XR Sport a preço de 32-36 mil voltaria a vender muuuuuuuuito.
O Hoggar é um ótimo carro. Só erraram feio na escolha do motor. Tem que ser 1.6 e ponto final. Um carro bem feito, mais robusto do que aparenta. A Peugeot vendeu aquele pickup antigo na Argentina e aqui e fez muito sucesso. Agora desiste de vender o Hoggar ao invés de fazer atualização mecânica e relançar o carro como opção vantajosa. A Peugeot tem tudo para dar certo, mas não aproveita o potencial que tem. Use o velho guerreiro 1.6 no carro e ele será um super na categoria.
poderia ter uma nova versão a HOGGAR, agora com cabine estendida e dupla, ia ser um sucesso igual e Strada e Saveiro, ia deixa a Montana pra trás, e ia rouba seu clientes também. so que Peugeot não quer
A picape Hoggar deveria ser reestilizada com nova frente,e traseira, com mais espaço na cabine estendida com banco para três ocupantes,que carrega-se 1 ton de carga,é o que falta no segmento de picapes leves.