Como já dissemos aqui, a Kia é a marca que mais sofreu com a mudança da alíquota do IPI. A marca é a maior importadora pura de automóveis, ou seja, ignorando marcas maiores que também produzem no Brasil. Não é para menos que ela tenha despencado nas vendas após o anúncio do governo.
Entre os problemas da empresa estão o imbróglio da Asia Motors, que dificulta a instalação oficial da montadora no país por conta dos impostos não recolhidos da primeira, mas também a falta de fôlego do seu representante no Brasil. O empresário José Luiz Gandini, embora bem sucedido, ainda não conseguiu ter o mesmo tratamento que o grupo CAOA, que representa a Hyundai, tem. Enquanto a CAOA negocia diretamente com a matriz e consegue trazer volumes altos de veículos de forma rápida, Gandini é obrigado a tratar com a filial da Kia em Miami e disputar espaço com outros mercados, geralmente menores que aqui.
Não é só. Para aumentar sua presença no Brasil, a CAOA investiu do próprio bolso numa “fábrica” em Anápolis, GO. Lá faz os caminhões HD 78 e HR, o Tucson e em breve o ix35. Fazer não é a palavra mais correta, ela monta os veículos lá porque duvida-se do índice de nacionalização desses modelos. Enfim, ainda assim é uma forma eficiente de ganhar volume. Já a Kia demorou a fazer o mesmo, mas no Uruguai, numa pequena fábrica dedicada a montar o Bongo, primo do Hyundai HR.
Por isso, 2012 tem tudo para ser um ano triste para a Kia. Se nos últimos anos, a marca teve uma sequência matadora de lançamentos e viu alguns modelos disputarem palmo a palmo com veículos nacionais – o Cerato chegou a ser vice-líder entre os sedãs médios – agora a situação é outra. Em entrevista à revista Exame, Gandini admitiu apenas dois lançamentos, o Optima, já prometido, e a versão flex do Sportage.
Ambos estão previstos para março e não devem mudar de forma gritante sua situação. O Sportage talvez consiga algo porque, com o motor 2.0 flex, pode oferecer um diferencial em relação à concorrência, mas hoje em dia, com o etanol nas alturas, pouca gente deve querer ter um veículo que não sabe usar direito nem gasolina nem etanol.
Como se vê, não resta outra alternativa a Kia que construir uma fábrica no Brasil. Caso contrário, sua presença por aqui pode ser meramente decorativa.
Estou torcendo para que essas previsões não se concretizem. Nós, consumidores, só perderemos…
eu fico entre a cruz e a espada, pois sabe-se que as montadoras nunca deram valor ao mercado brasileiro e isso vem desde 1900. aí, depois de anos atuando no nosso mercado só pra fazer frente, trazem carros pra cá, mas fabricá-los aqui nem pensar…agora meu irmão, a conversa é outra! quer vender? corra atrás do prejuízo!
pra nós que tínhamos carros mais equipados a preço "leal" resta voltar a comprar os nacionais, comprar os usados ou não comprar…eu prefiro a última opção, aliás, vou de moto!
é triste perceber como pessoas do governo e da sociedade em geral ainda vivem da imagem do passado sobre as fábricas de automóveis, com milhares de pessoas trabalhando e uma fábrica imensa cheia de chaminés. Quantos funcionários a fábrica da CAOA deve ter em GO? uns 300? 600? 1000, talvez (incluindo os indiretos)?´Isso é migalha! Para o país ter uma fábrica a mais ou a menos não não faz mais toda a diferença para o desenvolvimento do páis e nem para sua economia. Um carro importado gera os mesmos investimentos em publicidade, comércio, manutenção, etc que um nacional, e esses são de fato empregos que agregam mais para o país…
Como sempre, o grupo CAOA tá no meio dos rolos hein?? Aqueles home devem ter dinheiro embaixo dos colchão, pois aqui no Brasil é a unica coisa que faz a coisa acontecer $$$$$
Jogada de marketing… não gosto de motor flex, prefiro um monofuel que gaste menos
Concordo com o Leandro PI. Não é só com uma fábrica que se dá emprego à população. Todo o serviço de importação, vendas e principalmente pós venda dá uma margem de lucro grande e movimenta bastante a economia.
A medida foi tomada pelo governo impulsionada pelo lobby dos sindicatos unido com o do setor automotivo que tem fábricas já instaladas aqui, as quatro grandes, que viram suas vendas diminuirem por causa da concorrência.
Outra vez o consumidor é colocado em segundo plano.
por mais que o sr. CAOA seja um tremendo FDP, pelo menos ele consegue trazer de forma mais rapida os carros que são recem lançados, e não ficar em cima do muro esperando que os outros mercados disputem a tapas os belos e modernos modelos Kia!!! sr. gandini, ou reaja já ou como escreveu o Ricardo, será mais uma no País!! uma pena, pois sou fã dos carros kia e não vejo a hora de chegar o belo RIO!
Concordo em partes Leandro PI.
A cadei de produção de automóveis é muito maior q se pensa… assim como há inúmeros serviços ligados ao pós venda de nacionais e importados, na produção não é diferente…
Digo pq sou de Goiás, e de fato montadoras como a Mitsubishi de Catalão e a Hyundai de Anápolis mudaram a rotina e aceleraram o desenvolvimento dessas cidades e região… E agora, assim como aconteceu nestas, em Itumbiara com a Suzuki não será diferente.
Os participantes da OMC definiram há tempos critérios q tornam comércio mundial mais equilibrados… qualquer medida que extrapole estes limites, como esta do governo, sou contra. Ainda mais estas q atingem diretamente nós consumidores… mas o fato é q há tbm inúmeras vantagens frente a pura importação em ter esta produção aqui no Brasil.
É por isso que tratei de vender rápido meu carro, depois do anúncio do aumento do IPI. Pelo andar das coisas, a Kia vai deixar seus clientes na mão mais uma vez.
Esse negócio de carro flex é puro marketing para mim, pois com o preço que cobram já de muito tempo, aliás nem faço mais a conta se vale ou não andar com álcool. Só vou de gasolina, pura enganação essa de álcool.
É uma pena,vai piorar muitíssimo o consumo do carro.Caro flex no Brasil é enganação.Só compro carro a gasolina.
eh triste a situacao da kia!!! Neste mes estava interessado em adquirir uma Sportage automatica de entrada, visitei varias autorizadas interior MG e ateh capital BH mas o carro nao existe, e cada vendedor dava uma desculpa!!