O pesadelo da Kia no Brasil acabou. A montadora teve a sentença confirmada no Supremo Tribunal Federal de que não tem culpa nas dívidas contraídas pela Asia Motors quando esta decidiu ter uma fábrica no País. Há 15 anos, o governo federal tenta cobrar dos coreanos a isenção de impostos obtida pelos donos da Asia e que não teve contrapartida com a construção da unidade. Para os advogados do governo, a Kia seria a herdeira do abacaxi da Asia.
Com isso, a Kia, enfim, pode falar abertamente em ter uma fábrica no Brasil, condição quase que obrigatória no país após a adoção do regime Inovar-Auto. Mas os planos ainda são nebulosos, como mostra um artigo publicado pelo jornal O Estado de São Paulo.
Para o representante da Kia no Brasil, José Luiz Gandini, valeria montar uma pequena fábrica para 20 mil carros bancada pela sua empresa para produzir inicialmente o SUV Kia Sportage. Caso tivesse sucesso, o passo seguinte seria a produção do sedã Cerato.
Questionado sobre uma versão da Kia do Hyundai HB20, o empresário considerou a alternativa pouco interessante devido ao acirramento da concorrência nesse segmento. O melhor, segundo Gandini, seria produzir o Rio, um hatch compacto premium que brigaria na faixa dos R$ 45 mil a R$ 60 mil.
Mas fontes ouvidas pelo jornal dentro da Kia pensam diferente. Para elas, a melhor estratégia e copiar a irmã Hyundai e construir uma fábrica maior, para até 200 mil unidades, e vender um modelo semelhante ao Hyundai HB20. A grande procura pelo modelo da Hyundai mostraria que o caminho é promissor já que a Kia também possui uma imagem positiva de design.
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Nenhum dos entrevistados comentou a respeito de prazos, mas imagina-se que uma decisão deverá ser tomada até o ano que vem a fim de recuperar o espaço perdido no mercado – hoje a Kia vende pouco mais do que a chinesa JAC e deve perder esse lugar quando a marca oriental começar a produzir no Brasil em 2014.
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A Kia não é "irmã da Hyundai", na realidade a Kia pertence à Hyundai.