A Kia deverá anunciar os planos de uma fábrica exclusiva no Brasil num futuro próximo. A montadora sul-coreana foi a mais atingida pelo aumento do IPI em 30 pontos percentuais para veículos importados, criada pelo governo federal no final de 2011.
Nem mesmo a versão para importadores do programa Inovar-Auto servirá para a marca já que seu volume de importação é muito alto – de cerca de 50 mil unidades mensais. O governo abriu uma exceção para essas marcas que não têm planos de fábrica no Brasil em que dá a isenção do IPI extra para até 4,8 mil unidades por ano desde que a empresa se comprometa a investir em tecnologia nacional ou contribua com 1,5% do seu faturamento bruto menos impostos para um fundo de educação criado pelo governo.
Para marcas menores, que vendem perto desse limite, o Inovar-Auto é uma boa saída e nada menos que 70% das associadas da Abeiva, a entidade que reúne esses importadores, já aderiu ao programa. No caso da Kia, o investimento necessário não compensa o benefício de apenas 4,8 mil unidades sem imposto.
A saída, segundo Blogauto apurou, passa pela fábrica no Brasil, mas uma unidade exclusiva da Kia. Entenda-se por isso um projeto 100% Kia, sem a participação nem da Hyundai e nem do grupo Gandini, que cuida da marca atualmente.
Sem fábrica no Brasil, os planos de expansão da Kia ficariam inviáveis diante das atuais regras do governo. A bem-sucedida experiência da Hyundai com a fábrica de Piracicaba, que já opera no limite desde a inauguração, certamente é um motivo a mais para os coreanos.
Ainda estuda fábrica aqui? TÁ PRA LÁ DE ATRASADA…
Com fábrica, sem fábrica, vendo os preços do HB20 cuja versão top bate nos compactos premium, embora isso ocorre com outros produtos, mas não tão forte como o coreano, a Kia produzir locamente poderia não ter preço exorbitante por conta da sobretaxação do IPI, mas não seria tão em conta, talvez um pouco mais caro que os concorrentes. Logo, benefício mesmo será para o bolso dela e não o consumidor que poderia ter carro com preço em conta. Até ela não poderia baixar o preço para não comprometer o prazo para ter o investimento retornado. Poderia, sim, agregar conteúdo para melhor a competitividade como ocorreu com o HB no ano/modelo 2013.