A Chrysler voltará a ter veículos produzidos no Brasil, diz o jornal Valor. Essa seria a terceira investida da montadora americana por aqui. A primeira no final da década de 1960 resultou na produção de modelos como o Dodge Dart e Polara. Depois, na década de 1990, uma fábrica foi levantada em Campo Largo, Paraná, para produzir a picape Dakota.
No primeiro caso, a estrutura foi comprada pela Volkswagen e, no segundo caso, a empresa simplesmente desistiu de produzir aqui depois que o mercado mingou no início dos anos 2000. Agora, a nova tentativa tem a ver com a fábrica da Fiat em Goiana, PE. Lá, onde a marca italiana fará o sucessor do Mille, há planos para produzir um modelo de massa da Jeep, segundo rumores.
Seria uma versão crossover de alguma plataforma da Fiat e que apelaria para a tradição da Jeep em veículos off-road. Não é exagero imaginar que o grupo pensa até em exportar parte da produção para outras regiões. Hoje são poucos os produtos regionais e esse crossover, uma espécie de mini-Compass, teria enorme potencial em várias partes do mundo.
Outro sonho da Fiat que poderia se viabilizar é a produção de uma picape média, algo que ela quase fez em conjunto com a Tata há alguns anos.
Uma tentativa é pouco, duas razoável, três já é demais!!!
PRODUZIR CARRO NO BRASIL É PALHAÇADA.
DEVE SER UMA ESTÓRIA, POIS CHEGA A SER RISÍVEL A MATÉRIA ABAIXO.
Carro não terá IPI zero e pode até recolher mais imposto
30/03/12 – No novo regime automotivo, as montadoras que não conseguirem pontos suficientes em uma lista de avaliação a ser elaborada pelo governo terão aumentado o Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), acima do nível que pagam atualmente, informou ao Valor o ministro do Planejamento, Fernando Pimentel.
O novo regime, que será anunciados nos próximos dias, vai garantir descontos no IPI para empresas que investem em inovação e compra de componentes "estratégicos", mas o desconto será de, no máximo, cerca de um a dois pontos percentuais abaixo do IPI antes praticado sobre carros nacionais.
"O desconto é em cima dos 30 pontos percentuais", explicou Pimentel, referindo-se ao aumento de 30 pontos percentuais sobre o IPI de automóveis com pouco conteúdo nacional, decretado no fim do ano passado. Em 2012, as montadoras instaladas no país foram isentadas do imposto adicional, que, no entanto, será aplicado a partir de 2013 para quem não cumprir os requisitos listados pelo governo. "As empresas vão ter de se mexer", avisou o ministro.
Pimentel esclareceu que, ao contrário do que foi noticiado (inclusive pelo Valor), o novo regime não permitirá eliminar integralmente o IPI, nem para empresas que satisfizerem todos os pontos da lista do governo. "Não vai ter IPI zero, quando muito haverá uma redução pequenininha sobre os níveis do ano passado", informou.
Um dos responsáveis pela elaboração do novo regime, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, disse ao Valor que se estuda um desconto em torno de um a dois pontos percentuais sobre o IPI atualmente pago pelas empresas, para quem tiver boa pontuação.
A intenção do governo não é apenas aumentar o conteúdo nacional dos veículos, mas ampliar a produção, no país, de "componentes estratégicos", produzidos em grande escala com alta tecnologia. "Podem ser itens como transmissão ou freios, por exemplo, isso está em discussão", exemplificou.
Para marcar os pontos que dão direito a desconto no IPI, as empresas terão de comprovar fabricação de carros com alto percentual de componentes "estratégicos" fabricados no país, investimentos de pelo menos 1% (ou índice semelhante, ainda em discussão) em pesquisa e desenvolvimento no Brasil e maior eficiência no consumo de combustível e controle da emissão de poluentes. Carros com baixa pontuação terão aumento de IPI. "É um regime para o desenvolvimento estratégico, no Brasil, de tecnologia e investimentos em pesquisa e desenvolvimento", disse Barbosa.
A intenção do governo era anunciar o novo regime na terça-feira, no Palácio do Planalto, após a volta da presidente Dilma Rousseff de sua viagem à Índia para a reunião dos Brics (Brasil, Índia, Rússia, China e África do Sul). Mas Pimentel teme que não haja tempo de terminar os detalhes técnicos da proposta, que está sendo elaborada de maneira a não contrariar as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC). "É um sistema sofisticado", diz o ministro.
A presidente Dilma confirmou, na Índia, a intenção de anunciar na terça-feira medidas de redução de tributos e de financiamento, para aumentar a "capacidade de investimento ao setor privado". Entre as medidas já previstas está a desoneração tributária de setores industriais, como equipamentos elétricos e outros, que terão a contribuição sobre folha de pagamentos substituída por uma taxa de entre 1% e 0,8% cobrada sobre o faturamento das empresas.
Fonte: Valor Econômico