O setor de transporte rodoviário brasileiro recebe um marco histórico com a introdução do primeiro cavalo-mecânico movido exclusivamente a eletricidade com um PBTC de 49 toneladas. O modelo chinês está escrevendo um novo capítulo na história do transporte de carga rodoviária no mercado brasileiro. A característica principal desse modelo 100% elétrico é atender à crescente demanda dos transportadores em reduzir a emissão média de poluentes de suas frotas. A motivação é clara: ser o primeiro modelo em sua categoria a oferecer emissão zero de poluentes.
Equipado com propulsão totalmente elétrica, esse cavalo-mecânico não emite uma grama sequer de CO ou produz os indesejados “particulados”, tão comuns nos modelos a diesel. Essa solução satisfaz as necessidades das empresas e frotistas, ao mesmo tempo em que aprimora rapidamente a imagem da companhia perante seus clientes mais importantes. Além disso, alcança uma autonomia de 150 km.
Um caminhão movido a diesel emite, em média, 750 gramas de CO2 por quilômetro rodado, o que equivale a cerca de 225 kg por dia se percorrer apenas 300 km. Isso resulta em aproximadamente 5,85 toneladas de dióxido de carbono por mês, ou 70 toneladas por ano! Quando um frotista, que tem diretrizes ESG a cumprir, realiza esse cálculo, a escolha pelo E7-49G se torna óbvia. A emissão de poluentes do modelo XCMG é completamente nula.
O novo modelo introduzido no mercado brasileiro pela XCMG possui um Peso Bruto Total Combinado (PBTC) de 49.000 kg. O powertrain do E7-49T é composto por um motor elétrico síncrono de ímãs permanentes, com potência de 482 cv e torque máximo de 204,1 kgfm, auxiliado por uma transmissão automatizada (AMT) de 4 velocidades. Embora o torque seja linear e, teoricamente, o motor elétrico não necessite de “câmbio”, as reduções realizadas pelas engrenagens contribuem para economizar energia elétrica durante as acelerações.
O operador pode guiar o modelo XCMG na função “Drive” ou, se preferir, controlar as trocas de marcha por meio de uma alavanca seletora no console central, de maneira semelhante ao que já está acostumado em caminhões com motores a diesel.
A montagem do motor e da transmissão é centralizada, e o powertrain utiliza um eixo cardã para transmitir a tração aos dois eixos traseiros. Embora a adoção da propulsão elétrica permita soluções diferentes, como a instalação do motor diretamente no eixo, os engenheiros da XCMG optaram por criar uma estrutura mecânica com eixos e suspensões, seguindo tecnologias e soluções comuns ao mercado. Isso facilita a manutenção, caso seja necessária.
Com baterias de fosfato de lítio, o modelo E7-49T possui uma capacidade total de 282 kWh. O veículo apresenta um sistema de bateria que permite duas opções de recarga. A primeira opção, já utilizada na maioria dos veículos elétricos, é feita por meio de carregadores DC (corrente contínua), que, dependendo da potência e da infraestrutura disponível, podem concluir a recarga em pouco mais de uma hora.
A segunda opção é bastante inovadora. Adotando a tecnologia de “swapping” (troca rápida), o sistema consiste em um pacote de baterias substituíveis. No E7-49T, as células da bateria estão concentradas em um conjunto único, instalado atrás da cabine. Essa “caixa” permite a troca rápida por meio de um sistema automatizado, que pode ser concluído em pouco mais de seis minutos. Com a ajuda de uma empilhadeira simples, o frotista desconecta o pacote do caminhão, remove o conjunto completo e instala outro, já carregado, com facilidade. Esse investimento é vantajoso para aplicações em transportadoras que exigem agilidade na operação de retorno do caminhão à estrada.
Nas operações com caminhões desse porte, a dirigibilidade dos modelos convencionais é relativamente confortável em trechos rodoviários. O motorista realiza menos trocas de marcha devido às velocidades constantes. No entanto, ele sempre é perturbado pelas vibrações características dos motores a diesel, além de conviver com o alto ruído gerado pelo seu funcionamento. Ao optar por um caminhão 100% elétrico, esses problemas são deixados para trás. A condução se torna extremamente simples. A alavanca seletora no console central oferece as posições “Drive” (com trocas manuais) e a marcha a ré. Além disso, há apenas dois pedais: freio e acelerador. A embreagem não é mais necessária.
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O novo caminhão-trator 100% elétrico disponível no mercado brasileiro não decepciona em termos de sistemas ativos de segurança. Ele pode ser equipado com alerta de colisão frontal, LDWS (Lane Departure Warning System – Sistema de Alerta de Saída de Faixa), AEBS (Advanced Emergency Braking System – Sistema Avançado de Frenagem de Emergência), que é um sistema semiautomático que auxilia na frenagem em situações de emergência, e ESC (Electronic Stability Control – Controle Eletrônico de Estabilidade), que controla e distribui a pressão nas diferentes rodas do veículo.
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