Antes de falarmos sobre a nova Jetta Variant, que a Volkswagen lança nesta terça-feira, vem a pergunta: quem ainda compra perua no Brasil? O segmento dela hoje é uma tristeza, a que mais vende é a Mégane Grand Tour que, ao que tudo indica está condenada a aposentadoria. A Volks mesmo emplacou 538 unidades da sua perua mexicana, 420 no 1º semestre quando a nova versão ainda não estava sendo preparada.
Ou seja, é um mercado para 70, 80 unidades por mês. Será que vale a pena vender somente isso? E olha que a nova Jetta Variant está com um preço atraente até: são R$ 83 990, um pouco mais barata que a anterior.
Sorte dos fãs das peruas porque hoje são poucas opções disponíveis. Mas, voltando ao lançamento em si, a Volks acabou trazendo a Jetta com visual do Golf VI antes mesmo do Jetta sedã e por uma boa razão. Este último passa por uma reformulação mais profunda para trnasformá-lo num produto mais “americano” e capaz de enfrentar Civic e Corolla.
Na parte mecânica, nenhuma novidade. A perua continua com o bom motor 2.5 litros de 170 cv e o câmbio automático com opção sequencial de seis marchas, além da suspensão independente nas quatro rodas. Nível de equipamento elevado e como opcional o teto solar panorâmico.
Mas a novidade é mesmo a frente seguindo o DNA da marca, calcado no Golf VI, este sim uma nova geração. Na traseira, apenas máscara negra nas lanternas. No interior, um painel levemente redesenhado, incorporando elementos como o computador de bordo central e o volante do Passat CC, sempre ele.
Bom produto, sem dúvida, talvez pudesse ser até mais barato aqui, mas nunca deixará de ser um veículo figurante na linha da Volkswagen. Culpa dos crossovers e dos utilitários esportivos, mais populares atualmente.