Voltamos ao tema “Jetta”. A dupla dinâmica que equipa o modelo – o motor 2.0 turbo com injeção direta e a transmissão DSG – também chegou aos consumidores norte-americanos, mas na versão GLi, com diferenças visuais.
Em vez das linhas horizontais, o Jetta GLi ganhou grade em colmeia, e as rodas são aro 18 com um desenho de tirar o chapéu, mas a aparência é o de menos. Não foram apenas motor e câmbio que melhoraram – o sedã esportivo possui suspensão traseira independente no lugar do eixo de torção da versão pobre e diferencial XDS trazido do Golf GTi. E custa só US$ 23.495 (uns R$ 40.000).
No Brasil, o Jetta chegará primeiro na versão turbo e com vários equipamentos como tela multifuncional, seis airbags, controle de estabilidade e tração, paddle-shifts e sensores diversos. A Volks quer tornar o carro referência entre as versões top para depois pensar em atacar os modelos de entrada. Por isso imagino que o Jetta não poderá custar mais que R$ 80.000 para não acabar enfrentando sedãs maiores como o Fusion, Malibu e Optima. O alvo é o Corolla Altis e o sucessor do Civic EXS.
Agora, ficamos na expectativa sobre qual motor equipará a versão mais simples do sedã. Nos Estados Unidos, o Jetta intermediário usa o 2.5 litros de 170 cv do Jetta anterior e o sedã mais barato, um 2.0 aspirado de 8 válvulas com apenas 115 hp!
Não dá para crer que a VW vá encarar rivais com motores 2.0 de quase 150 cv ou mais com esse motor. E a suspensão? Será eixo de torção ou teremos a versão multilink em todos os carros? Essa estratégia da marca alemã é estranha: um Jetta “pobre” e outro “rico”. Será que vai funcionar?