Não, não foi desta vez que o Fox atual deu adeus ao mercado. Mesmo tendo hoje mais de dez anos no mercado, hatch compacto ainda tem gás para vender, na opinião da Volkswagen. Por isso o modelo terá sua segunda atualização em setembro que o aproximará visualmente do Golf VII. As projeções nesta página antecipam como deve ficar o Fox 2015.
Por fora, faróis e lanternas se inspiram no Golf e ganham mais esportividade. Nada que altere o carro profundamente, no entanto. Por dentro, as principais novidades são os motores herdados de outros modelos da linha. O 1.0 usará o 3 cilindros do up! e do Fox Bluemotion, enquanto o 1.6 adota o 16 válvulas que estreou no Gol Rallye e na Saveiro Cross, com 120 cv de potência.
Entre os equipamentos, central multimídia, uma espécie de imposição do mercado, e também ESP, o controle de estabilidade que, além da segurança, também contribui para o conforto ao permitir o funcionamento do sistema Auto Hold, que segura o carro numa ladeira por alguns segundos.
Cada vez mais caro
A nova investida da Volks no Fox deve tornar o modelo mais caro. É uma tendência atual de aumentar o conteúdo dos carros, mas que cobra no bolso do consumidor. No caso do Fox, o modelo será elevado a uma faixa de preços acima do Gol, que também subiu depois da chegada do up!. Hoje o Fox custa entre R$ 34 mil e R$ 47 mil, mas pode sair entre R$ 37 mil a até mais que R$ 50 mil, caso a montadora queira cobrar pelas melhorias introduzidas.
Veja também: Uno 2015 terá Start-Stop e interior novo
A ironia é que o Fox surgiu em 2003 como sucessor do Lupo, um compacto urbano vendido na Europa que custava pouco. A estratégia funcionou por pouco tempo já que o câmbio, na época favorável a exportação, inverteu de posição e tornou o hatch muito caro. Com mercado restrito lá fora, restou ao Fox vender bem no Brasil, o que ocorreu para valer em 2009, quando a VW fez sua primeira reestilização, que deixou o modelo mais bonito e bem acabado e deu, enfim, um painel à sua altura.
A nova reestilização deve ser a última do Fox. Dentro de dois a três anos, o modelo mudará de geração e deverá usar como base uma das plataformas modernas da Volks – MQB ou NSF. E ficar mais sofisticado e caro, uma regra que não se quebra no Brasil.