Saíram os preços da picape média da Volkswagen, a Amarok, na Argentina. O sempre bem informado blog Argentina Auto Blog publicou os valores hoje e revela que a versão High Motion, a primeira a ser lançada, custará 160 400 pesos. Isso dá cerca de R$ 73 600 na cotação de hoje, 11 de março.
E significa que no país vizinho a Amarok será um pouco mais barata que a Hilux com as mesmas especificações – o preço da versão SRV manual é de 161 200 pesos. Se a Volkswagen seguir a estratégia no Brasil, a Amarok custará aqui cerca de R$ 119 000 – a mesma versão da Hilux sai no Brasil por R$ 119 630.
Como se vê, até os argentinos, com todos os problemas econômicos, cobram muito menos impostos que o Brasil. Se for esse mesmo o preço da versão brasileira, estaremos pagando 60% a mais pelo mesmo produto.
O blog argentino também divulgou os valores de outras versões e pacotes. Se o cliente quiser interior em couro, ESP off-road e airbags laterais, pagará 167 600 pesos, um pouco mais que a Hilux com couro (166 600 pesos), mas oferecendo mais itens.
E os argentinos terão novas versões em breve: Amarok Trendline 4Motion em maio por 146 500 pesos, Amarok Trendline 4×2 (123 600 pesos) e Amarok Highline 4×2 (134 200 pesos) em julho.
O primeiro lote de picapes já embarcou para o Brasil, conclui o blog.
vai atropelar a Hilux…
Eu ainda gosto mais da Hilux – mais alta, pneus maiores, melhor acabamento, mais robusta – isso em geral faz grande diferença para o comprador desse tipo de picape. O problema da Hilux é a própria Toyota – sinceramente, está muito arriscado hoje em dia comprar um veículo da marca, ao menos até a Toyota confirmar qual o problema dos carros em recall – aparentemente eletrônico – e se reestruturar depois desse terremoto.
O que é vergonhoso no Brasil são os preços dos veículos – nos Eua e até na Argentina a diferença de preço entre variações do mesmo modelo é pequena, e aqui chega a ser o dobro. Completamente imoral.
Vamos comparar com os Eua, onde um Toyota FJ básico, 4×2 custa US$24k, e o topo de linha, 4×4 custa US$26K – menos de US$2k de diferença. Lá nos Eua uma picape melhor que a Hilux ou Amarok custa US$15k, preço de entrada, ou no máximo US$25k, nas versões mais completas: R$ 50 mil lá, versus R$ 150 mil aqui!
Enquanto isso, fazemos todos papel de palhaços no país dos decretos secretos.
Prezado Ricardo, acompanho os posts do blog, que considero de alto nível, mas não posso deixar de discordar com a sua afirmação "Como se vê, até os argentinos, com todos os problemas econômicos, cobram muito menos impostos que o Brasil. Se for esse mesmo o preço da versão brasileira, estaremos pagando 60% a mais pelo mesmo produto."
O problema não é apenas o imposto mais caro. É principalmente a margem de lucro praticada pela montadora que é muito maior. Vamos trabalhar contra a desinformação!
Prezado Fabio,
você tem toda razão. Foi um lapso meu não lembrar que as montadoras "adoram" o Brasil: a Ford anunciou recentemente lucro em 2009 e disse que o Brasil foi um dos principais responsáveis. Não é só. Numa recente entrevista ao jornal Valor, um concessionário argentino lamentou não ter carro para entrega imediata – a espera lá é imensa hoje em dia. Qual a razão? "As montadoras preferem vender nossos carros para o Brasil, onde o lucro é maior", explicou.
O governo está satisfeito em cobrar impostos em cascata, as montadoras fazem de conta que não gostam, mas vendem produtos defasados e com margem certamente muito interessante, para que mudar?
Fiquei encntado com a amarok. não consegui entrar ni site da volkswagem, conforme prospécto recebido por mim, aperecram diversos sites. grato .nizio.
Pessoal.. vamos entender uma coisa… o carro é fabricado na Argentina.. a VW Argentina é independente da VW Brasil, logo na venda para o Brasil a primeira busca lucro obviamente… além disso, como a pick-up não é produzida no Brasil ela vai sofrer tributação na importação… final da história.. não tem como a pick-up chegar aqui pelo mesmo preço…
Os que reclamam dos impostos de importação devem estar querendo ficar sem emprego… a indústria do automóvel é uma das que mais empregam… se não tiver imposto para trazer os carros para que fabricar aqui?
Final da história.. temos que brigar é para produzir os veículos aqui e com preços interessantes e não para que a importação fique mais barata..