Marca nacional

O nome é fictício, claro, mas a ideia, aparentemente, não. Nossas preces foram ouvidas e o governo Lula anda pensando em criar uma montadora genuinamente nacional. Sim, porque, para a grande parte da população Volkswagen, Fiat, Ford e General Motors são “nacionais”. Façam o teste: perguntem para um amigo ou parente que não acompanha o setor com muito interesse. Certamente, ele apontará a Fiat como marca nacional e a Renault como “importada”.

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Como já dissemos aqui, não faz sentido o atual 4º maior mercado de automóveis do mundo não ter uma mísera marca própria. Antes de mais nada, não somos nacionalistas, apenas apoiamos uma iniciativa nessa área já que o Brasil hoje possui cada vez mais multinacionais respeitáveis e é absurdo pensar que nações que estavam mais atrasadas como Índia e China hoje cresçam enquanto ficamos olhando.

Se teremos uma estatal, empresa mista ou privada não importa. O que é imprescíndivel é que ela concorra nas mesmas condições que os estrangeiros – nem favorecida nem prejudicada.

Mas, voltando a botar os pés no chão, a iniciativa do governo partiu do Ministério da Ciência e Tecnologia, o mesmo que apóia uma legislação favorável ao carro elétrico. Foi daí que a ideia surgiu. Para o ministro Sérgio Rezende, a tecnologia é a chance de novos “players” entrarem no setor já que tudo está meio que começando ainda.

O projeto conta com o apoio do BNDES, o que em si já é uma grande ajuda. O banco costuma virar sócio de empreendimentos desse tipo. O problema é que em ano eleitoral qualquer discussão acaba esfriando no ano seguinte, com a posse do novo presidente. Enfim, ao menos o assunto está entrando na pauta da sociedade. Já é um grande avanço.