Vamos estrear um novo tema no BlogAuto, turismo! Mas em um site de carros? Explico! Minha esposa e eu adoramos viajar de carro, e vamos juntar os dois contando as nossas experiências. Nessa primeira experiência, vamos contar como foi a nossa viagem de São Paulo para Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, com uma esticada para o Rio para ver os Jogos Olímpicos.
Tudo começou pois, a Denise, minha esposa, e eu iríamos assistir às finais da Ginástica Artística, ingressos na mão, fomos ver hospedagens, passagens aéreas etc. Ficou financeiramente inviável. Decidimos então ir de carro, e ficar hospedados em outra cidade da região. Nossa opção foi Petrópolis, pois eu conhecia muito pouco e ela nunca tinha ido.
Próximo passo: o hotel. Escolhemos o Petrópolis Inn, veja aqui, que foi recentemente inaugurado. Uma dica: faça a reserva no site com o código 3231 e ganhe 10% de desconto. E com que carro fizemos a viagem? Com o “cabeça de bacalhau”, ou seja, um carro raro no mercado, e que o BlogAuto estava avaliando, um Volkswagen Golf 1.4 TSi, com transmissão manual de seis marchas. Isso mesmo, manual, por isso o apelido dado.
Tínhamos um compromisso em São Paulo, moramos em Itu, e decidimos contar a viagem a partir da capital. Lá abastecemos o carro com gasolina, o que continuou durante toda a viagem. Partimos por volta das 12 horas do sábado, com o Waze ligado com destino direto ao hotel. O computador de bordo marcou 5:41 de estrada, contando a parada para o almoço no Frango Assado de Jacareí, totalizando nessa parte 455 km, com uma excelente média de consumo de 16,4 km/l, chegamos às 18:24.
O Volkswagen Golf tinha controlador de velocidade de cruzeiro automático, o ACC, e posso dizer: bendita seja a tecnologia! Para viagens longas, ele é um tremendo aliado, para te fazer chegar bem mais descansado, além de evitar os sustos de carros que entram na sua frente, que quando saem, retorna a mesma velocidade sem preocupações, realmente é viciante.
O hotel fica localizado na parte alta da cidade, ou seja, muita ladeira! Nada que o Golf não tirasse de letra, mas fica a dica para tomarem cuidado, apesar das ruas estreitas e cheias de curvas, o pessoal por lá anda bem rápido.
Estacionamos o carro na garagem muito apertada do hotel e fizemos o check-in. Infelizmente ficamos no andar térreo de frente para a rua, sem vista e com o barulho dos carros passando nos paralelepípedos. Como o hotel estava cheio, não tivemos oportunidade de trocar, mas fica mais uma dica para pedir no momento da reserva.
O quarto era pequeno, mas bem decorado e confortável, vantagens de hotel novo. Banho tomado saímos para o jantar, bora tirar o carro da garagem apertada, ponto positivo para os sensores dianteiros e traseiros, além da câmera de ré do Golf.
O local escolhido foi a Imperiale Pizzeria, veja aqui, número 1 entre os restaurantes do Tripadvisor em Petrópolis. Endereço colocado no Waze, pertinho do hotel, mas infelizmente na noite de sábado, outros também tiveram a mesma ideia, esperamos alguns minutos para poder sentar e apreciar as delícias. A pizzaria fica em uma rua tranquila, em uma casa com mesas em vários ambientes, inclusive na varanda, onde nós sentamos.
O cardápio é bem completo, com muitas opções, criações do chef Bruno Peixoto, que inclusive, nos atendeu muito bem! Pedimos o carro chefe da casa, a Barão de Rio Branco, que leva alho-poró e peito de peru, muito boa, massa fina e bem recheada, mesmo para o paladar de quem está acostumado com as pizzas de São Paulo. A carta de vinhos tem bons preços e a lista de cervejas artesanais é enorme.
Na manhã seguinte, a programação era conhecer todo o centro, onde se concentram as principais atrações. Mas antes tomamo um farto um café da manhã no hotel, para aguentar a caminhada.
Aqui, uma dica ninja, comece o roteiro pelo Museu Imperial, veja aqui o site com todas as informações. Só abre as 11 horas, mas chegue por volta das 10:30, ai pode-se estacionar bem perto e nem tem flanelinhas nesse horário. Aproveite para passear pelos jardins e depois visite o museu, que tem os ingressos a R$ 10,00.
Muito bem montado, com um acervo completo, conta todo esse período da nossa história, para a conservação do piso de madeira original, todos os visitantes, calçam pantufas para fazer a visita. O grande ponto negativo é a proibição de fotos, mesmo sem flash, algo que realmente não entendemos o motivo.
O roteiro que fizemos pode ser feito todo a pé. A partir do Museu, fomos para Catedral de São Pedro de Alcântara, você já avista a torre ao lado direito, ao passar pelos portões. Basta uma pequena caminha para chegar na imponente igreja em estilho neogótico francês, lá estão os restos mortais da família imperial: Dom Pedro II, Dona Teresa Cristina, Princesa Isabel, Conde D’Eu, entre outros familiares.
No interior vale destacar os belos vitrais além e a imagem de São Pedro de Alcântara em mármore carrara. A visitação é gratuita das 8 às 18 horas.
Bem em frente à catedral está a Avenida Köeler, com diversas casas históricas, como a da Princesa Isabel e do seu marido o Conde D’Eu. Em seguida a Mansão Kremer, que foi moradia de Henrique Kremer, fundador da cervejaria Bohemia. O Palácio Sérgio Fadel, sede da Prefeitura, e uma sucessão de belas casas, com muita história. Uma mais bonita do que a outra, com certeza vai tirar muitas fotos.
Ao final da Avenida Koëler chegamos à Praça da Liberdade, do lado esquerdo encontra-se a Rua Monsenhor Bacelar, onde tem o Museu de Cera. Não tivemos a curiosidade de visitar, mas que falam que é bem interessante, no final da rua você irá encontrar o Relógio de Flores, que fica na frente da Universidade de Petrópolis, que até o ano passado era o Palace Hotel, pena que a visão é atrapalhada pelos carros que estacionam na frente.
Bem a direita do outro lado da rua está a famosa casa de Santos Dumont, que hoje é um museu aberto à visitação. A casa é pequena, nem cozinha tem, a comida vinha do Palace Hotel em frente, mas a genialidade de Santos Dumont, está em vários aspectos como a escada com degraus recortados, para economizar espaço, o observatório no topo da casa entre outros detalhes que vale olhar com cuidado. O ingresso: R$ 8,00, funciona de terça a domingo das 9 às 17:30.
Saindo fomos para os lados da Cervejaria Bohemia, veja aqui mais informações, que abriga várias atrações como o Bar, logo na frente. Optamos por começar pelo Tour Cervejeiro, que custa R$ 30,00 com direito a um copo de recordação e o melhor, ele vem cheio de cerveja bem gelada! Pegamos um elevador e começamos o passeio por ambientes interativos, além conhecer todo o processo de produção da cerveja, assim como seus ingredientes. Ah! Com mais duas degustações durante o roteiro. Vale muito a pena.
Ao término tínhamos duas opções, o restaurante e o empório, como estávamos com fome, fomos primeiro ao restaurante. Com pratos muito bons e fartos, tudo harmonizado com os mais diversos tipos de cerveja, tinha até salsichas acompanhadas por mostardas a base de cerveja, uma delícia!
Depois do almoço partimos para o empório onde pudemos comprar as mesmas mostardas servidas no restaurante. Você encontra todas as cervejas da marca, além de tipos que só são vendidos por lá, uma boa dica de lembrança é um totem na entrada no qual é possível personalizar uma garrafa com o seu nome ou de alguém que você queira presentear, e retirar no caixa na hora da saída.
Depois de comer, caminhamos em direção ao belo Palácio de Cristal, que veio da França, e foi um presente do Conde d’Eu para a princesa Isabel. Fica em uma praça com jardins muito bonitos, mas infelizmente o Palácio só é utilizado hoje para eventos, vale tirar algumas fotos.
Voltamos para o carro em frente ao Museu, e partimos para a atração que fica mais longe, o Palácio Quitandinha, que fica na entrada da cidade, e é de uma grandiosidade e imponência marcante. Construído nos anos 40, era um cassino, teve vida curta nessa função, com a proibição do jogo no Brasil e viveu alguns anos apenas como Hotel.
Aqui uma curiosidade, os pais da Denise, minha esposa, passaram a lua de mel, e segundo a lenda da família, ela teria sido concebida em uma de suas suítes, imagine a emoção dela de conhecer o local que hoje é um centro cultural do SESC, aberto a visitação, que é gratuita, e que vale a pena conhecer por toda a sua grandiosidade. Você pode aproveitar e se informar das atividades oferecidas pelo SESC, que muitas vezes conta com calendário de shows e exposições.
Voltamos para o hotel para descansar um pouco, e aproveitamos para decidir onde iriamos jantar. Escolhemos uma Hamburgueria que ficava perto do hotel.
A Hamburgueria Dom Gourmet, veja mais aqui, tem um visual bem legal e um cardápio bem enxuto, eu optei pelo Jack Bacon, com um hambúrguer com um blend de bacon e cebolas caramelizadas no Jack Daniel´s e um pão de abóbora com pimentas, muito bom! Já a Denise optou pelo hambúrguer Vegano feito de grão de bico, não que ela seja vegana/vegetariana, mas adora experimentar esse tipo de lanche, também foi aprovado!
No dia seguinte saímos cedo, com destino ao Rio, para ver os Jogos Olímpicos, em uma horinha estávamos no Barra Shopping onde deixamos o carro e fomos de BRT para o parque olímpico. Depois de passear pelo local, curtir as finais das argolas com direito a ver o Zanetti ganhar a prata, voltamos para pegar o carro e partimos por volta das 18 horas com destino a Itu.
Comemos rapidamente na estrada, com chuva no Rio de Janeiro, e infelizmente, tivemos ficamos parados em função de dois acidentes, chegamos a 1:30 da manhã em Itu.
A imagem do computador de bordo do Volkswagen Golf mostra o resultado da viagem, foram 1.118 km percorridos, em 16:10 horas e com o incrível 16,2 km/l de média com gasolina.
Sim esta geração de motores TSi da Volkswagen impressionam para economia.
Aprenda dicas de pilotagem com um ex-piloto de Fórmula 1
Se tiverem alguma dúvida sobre a viagem ou precisarem de mais informações, mandem um comentário. Bora planejar a próxima viagem.
Galeria Turismo: Viagem a Petrópolis de carro, com esticada no Rio
Confira o BlogAuto no: Youtube, Facebook, Google+, Instagram e Twitter.