Se a moda pega, vai ser uma situação curiosa daqui para frente. Assim como a Fiat, a Toyota também negou o problema com o tapete do Corolla nacional que provocou a proibição da venda do sedã em Minas Gerais pelo Ministério Público do Estado. Em nota divulgada ontem à noite, a montadora japonesa diz respeitar a decisão do órgão, mas que irá contestá-la já que, segundo ela, os problemas citados não estão ligados a defeitos no carro.
“A decisão do Ministério Público de Minas Gerais é baseada em alguns casos de aceleração involuntária reportados por clientes. Após análise desses casos, a Toyota identificou que o retorno do pedal do acelerador foi afetado pelo mau posicionamento ou instalação incorreta do tapete do motorista, assim como pelo uso de tapetes não genuínos, incompatíveis com o projeto do veículo”, diz o comunicado da marca.
De acordo com ela, os tapetes originais desenhados para o modelo não comprometem a segurança do veículo. O problema ao nosso ver, é parecido com o do Fox e o mecanismo de rebatimento dos bancos. Ambos funcionam, há informações sobre como usar, mas dão margem para erros dos clientes. E aí não precisa de mais nada. Se a chance de o consumidor errar no manuseio é suficiente para causar algum problema, cabe a montadora evitar isso.
É como fumar no banheiro do avião. A tripulação avisa que é proibido, os materiais da cabine são anti-chamas, mas, caso algum passageiro distraído ou mal-intencionado resolva fumar assim mesmo, existe um extintor como precaução.
Como dissemos ontem, seria de bom tom que a Toyota tivesse tomado a iniciativa de aperfeiçoar a fixação do tapete ou criar algum anteparo que evite que qualquer outro tapete deslize até o pedal. Custaria, claro, mas menos do que o desgaste por uma ação de emergência como a Volks e a Fiat tiveram de fazer quando foram obrigadas.