Depois de quase sete anos à frente da Volkswagen no Brasil, Thomas Schmall, 50, deixará o comando da filial brasileira para fazer parte do conselho de administração da empresa, na Alemanha. Ele será substituído por David Powels, que ocupa a mesma posição da VW da África do Sul.
Thomas Schmall sai de cena num momento ruim para a marca alemã, que deve perder a liderança entre os automóveis já que o Gol foi ultrapassado pelo Palio e não mostra sinais de reação. A Volks também acumula a maior perda de participação entre as três marcas mais vendidas do país (veja quadro). Enquanto a Fiat encolheu 4,9% e a Chevrolet, 3.9%, a Volks perdeu 5,5% do mercado que tinha em 2007, quando Schmall assumiu a operação.
Hoje as três marcas detém 56% do mercado ante 70% de cinco anos atrás. A queda é até natural, afinal com mais competidores de peso é normal que o bolo seja dividido em mais partes. Mas a queda da Volks vem num momento em que a marca investiu bastante e não conseguiu colher os resultados ainda.
Nesse meio tempo, a montadora renovou o Gol e a Saveiro, ressuscitou o Voyage, lançou o up!, trouxe o Jetta e o Golf do exterior e conseguiu ampliar suas fábricas no país. Mas perdeu dois modelos que ajudavam nos emplacamentos, o Gol G4 e o Kombi, vítimas da idade avançada.
A gestão de Thomas Schmall foi marcada também pelo episódio do recall do Fox, cujo mecanismo de ajuste do banco traseiro decepou os dedos de alguns clientes. Em vez de aceitar o recall, a marca negou até onde pôde que existia um defeito, mas a resistência só desgastou a imagem da marca.
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Seu sucessor assune no dia 1º de janeiro de 2015 com uma missão dura, de recolocar a VW entre as marcas mais desejadas do Brasil.
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