Definitivamente, o Nano não é um carro como qualquer outro. Além da proposta de carro barato e sua construção um tanto inusitada, agora a Tata quer inovar também no aspecto comercial. Entre as estratégias para vender mais ela admite licenciar a produção do modelo. Mas não é apenas uma licença para outras marcas fabricarem cópias exatas do carrinho. Ela quer que essas marcas criem seus próprios modelos genéricos do Nano.
Numa análise inicial, a ideia é estranha. A indústria no mundo luta contra as cópias ilegais de seus produtos e têm chiliques quando alguém resolve “criar” um produto inspirado nos seus. Veja o caso dos chineses e suas versões de ForTwo, Mini e cia.
Claro que a Tata ganhará com essa licença, mas qual a vantagem de ter Nanos genéricos rodando por aí? Será que ela controlará a produção de componentes e partes desses Nanos?
Ah, sim, a medida só vale para a Índia e talvez tenha a ver com o fato de Ratan Tata querer derrubar qualquer iniciativa local para a criação de um rival para o Nano, como é comentado há algum tempo. Pode ser que o Nano vire uma espécie de DOS, o sistema operacional que a Microsoft deu de graça para os fabricantes de PC na década de 1980. Depois, ela recuperou esse investimento graças ao fato de seu software ter virado padrão na indústria.