Antes disponível apenas para carros mais caros, hoje a transmissão automática já virou figurinha fácil até entre os veículos compactos mais em conta no Brasil. Modelos como Chevrolet Onix, Hyundai HB20 e Toyota Etios dispõe da opção de câmbio sem o pedal de embreagem. Este tipo de câmbio facilita a condução, sobretudo em engarrafamentos, mas também requer alguns cuidados para evitar possíveis danos e prolongar sua vida útil.
A transmissão automática elimina o conjunto platô e disco (embreagem) para adotar o conversor de torque, que trabalha juntamente com o fluido hidráulico em seu interior, além de pacotes de discos de fricção, tambores e cintas externas.
A troca de marchas é feita por meio da alavanca seletora, que modula eletronicamente os solenoides de troca de marchas. Eles administram as pressões hidráulicas com diversos discos de fricção e tambores com cinta externa, além de um conjunto de caixa-satélite. Esse conjunto faz a engrenagem das marchas de acordo com a necessidade do veículo ou a intenção do motorista. Caso a marcha selecionada seja incompatível com a velocidade desenvolvida, o sistema impede a engrenagem para evitar danos no câmbio e no motor do carro.
Para prolongar a vida útil do sistema de transmissão automática, a Cesvi Brasil (Centro de Experimentação e Segurança Viária) deu algumas dicas:
Ao estacionar, coloque a alavanca de seleção na posição N (neutro) e em seguida acione o freio de estacionamento (também conhecido como “freio de mão”). Para finalizar, direcione a alavanca de seleção para a posição P (parking). Esse procedimento evita sobrecarga no sistema de transmissão e impede que a alavanca fique presa.
No momento de realizar uma manobra que exija a utilização do R (reverse, marcha à ré), como uma baliza, é necessário que o veículo não esteja em movimento. Ou seja, pare completamente o veículo e então mova alavanca seletora para a posição R. A mesma regra é válida para o P, que ao ser selecionado com o veículo em movimento, gera-se um tranco que pode danificar a transmissão do veículo.
Em caso de descidas íngremes, evite colocar o veículo na posição N. Além de ocorrer o desgaste excessivo dos freios, o câmbio vai funcionar com menos lubrificação. Nessas condições, para evitar possíveis danos à caixa, é recomendado usar o sistema de redução do câmbio.
Como os veículos podem variar de acordo com seu projeto, as posições na alavanca também variam, assim como o comando de seleção de marcha, que pode ser no volante ou até mesmo na coluna de direção. Portanto, é necessário verificar no manual do veículo quais são as suas posições e correta utilização.