É isso mesmo, meus caros, a nova S10 2009 não passa de um kit estético que, se bobear, pode ser aplicado aos modelos dos últimos anos. Basta trocar o capô do motor, os pára-choques, aplicar alguns decalques e peças plásticas e pronto: temos uma s10 nova. Ao menos por fora, essa é a realidade.
Por dentro, temos um novo painel de instrumentos com grafismo azulado e ponteiros semelhantes ao do Vectra (que giram ao acionar a ignição). A verdade é que muitas pessoas já esperavam pela nova geração da picape e esse novo e – espera-se – último facelift veio com um ar de decepção.
Para sermos honestos, não há mais o que fazer com o projeto, 13 anos depois de ele ter chegado aqui, em 1995. Se o tapa no visual introduzido há alguns anos já não havia agradado, o que dizer disso, numa época em que se vê Hilux, L200 Triton e Frontier desfilando por aí?
Nada, mas a Chevrolet não está preocupada. A S10 goza daquele fenômeno compartilhado com o Gol: todo mundo reclama que já estão velhos, mas continuam vendendo bem. Por quê? Porque se prestam ao trabalho, são confiáveis (ou têm fama de ser) e com assistência técnica espalhada pelo país, mesmo que o motor seja longitudinal (Gol) e a suspensão traseira use feixe de molas (S10).
Por isso não se espantem se o modelo aumentar suas vendas já que a Chevrolet introduziu novas versões, inclusive a Advantage cabine simples, que pode virar a picape média mais barata do mercado. O grande segredo hoje dela é mesmo a opção bicombustível, que trouxe as vantagens de consumo parecido com os modelos a diesel, mas com preço muito mais em conta.
Por falar em combustível, o tanque das versões de cabine dupla aumentou de volume, passando de 67 para 80 litros. A Chevrolet calcula que venderá cerca de 3 000 unidades por mês a partir de agora.
Blazer sobrevive
Como adiantamos no blog, a Blazer deveria permanecer em linha, apesar das vendas declinantes. E foi o que ocorreu, o utilitário esportivo recebeu os mesmos adendos visuais e segue no portfólio mesmo com a chegada do mexicano Captiva.