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Rolls-Royce quer vender 15 unidades no Brasil em 2012

Rolls-Royce no Brasil

Está aí um carro um tanto quanto único e eu não digo isso pelo aspecto de luxo. A Rolls-Royce anunciou nesta segunda (24) que abrirá sua primeira concessionária na América Latina em março de 2012, na região dos Jardins, em São Paulo. E que pretende vender até 15 unidades da sua linha – que conta com seis versões dos modelos Phantom e Ghost. A representação no Brasil será da Via Itália, de Chico Longo, que também vende com exlcusividade a Ferrari, a Maserati e a Lamborghini.

A pergunta que não saiu da minha cabeça foi “quem tem coragem de andar num Rolls-Royce no Brasil?”. Aqui, cultura e violência formam uma espécie de barreira ideológica contra produtos tão luxuosos. Impossível passar despercebido dentro de um automóvel tão ostensivo. E aí surgem as definições comuns: “com tantos sequestros, como o cara tem coragem de andar num carro assim?”, ou, então, o contrário: “comprou um Rolls-Royce? Deve ser traficante”.

De fato, um Rolls-Royce dá nó na cabeça de muita gente. Porta-taças? Kit de jóias? Guarda-chuvas embutidos? Forro de estrelas? Se fosse no Volkswagen Apollo 1992 da periferia (com exceção das jóias, é claro) chamariam de brega. Mas no modelo inglês é sinal de exclusividade.

A verdade é que estamos num país livre – pelo menos na teoria – e se alguém acha que deve gastar milhões num carro assim é direito dele. Se é algo necessário, isso não dá para garantir. Agora, com os impostos – sempre eles – cobrados aqui no Brasil, pagar mais de R$ 2 milhões por um veículo que na Inglaterra sai por menos da metade dessa valor, aí sim é rasgar dinheiro.

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