Não é só a rival PSA (Peugeot e Citroën) que anda analisando a possibilidade de construir uma nova fábrica no Brasil. Agora a Renault também admite isso, uma virada impensável até outro dia quando a planta de São José dos Pinhais vivia às moscas.
Antes, no entanto, a prioridade é tentar ampliar a fábrica paranaense, mas as dificuldades de negociação com o sindicato dos metalúrgicos local pode motivar a procura por outro estado, provavelmente no Nordeste. Em último caso, a Renault poderá optar por Argentina ou México que têm custos de produção menores.
Como se vê, apesar de ser o 4º maior mercado do mundo, o Brasil continua “detestando” produzir carros: cobra absurdos em impostos, incentiva a produção de veículos simples com motor que só tem demanda aqui e tem sindicatos sem visão que preferem brigar por migalhas em vez de ajudar a ampliar a oferta de empregos.
O que a Renault e a Volkswagen passam em São José dos Pinhais e a GM passou em São José dos Campos. Qual o resultado? São Caetano, mais compreensiva, ganhou novos produtos enquanto a cidade do interior paulista ficará com as sobras da linha da montadora.