Durante o test-drive do Logan 2011, tivemos a curiosidade de compará-lo visualmente com a versão antiga. Por sorte, um dos carros usados pelo pessoal que organizava o percurso de avaliação era um Logan “original”. Aproveitamos para colocá-los lado a lado e entender melhor onde e como a Renault mexeu no carro.
A primeira constatação: a marca francesa evitou alterar os encaixes da carroceria. Apesar de não termos conseguido confirmar isso, ficou claro que as novas peças se encaixam nos mesmos moldes do anterior. Ou seja, teoricamente daria para transformar um Logan antigo no novo.
O capô, por exemplo, é idêntico. A mudança foi feita nos faróis que são mais altos e na grade, mas para acomodá-los o para-choque está “começando” mais embaixo. Notem o interior dos faróis. A luz de seta saiu da lateral para ficar ao lado da grade, um desenho, sem dúvida, mais agradável.
O para-choque dianteiro também está mais refinado como dá para notar acima. Antes a peça era muito bojuda e agora o carro “sorri” – a entrada de ar inferior está invertida, mas nossa foto não mostra claramente, infelizmente.
O Logan anterior ainda trazia os retrovisores antigos, menores, outro ponto que melhorou, embora já equipassem os Logans 2010.
Mas a traseira, ao contrário do que se pensa, é que mudou a personalidade do carro, vocês verão nas ruas. A frente está melhor, mas de longe parece o mesmo carro. Atrás o redesenho da tampa do porta-malas deu um ar “notchback” ao sedã.
Vejam como aquele desenho com o vinco em V deu lugar a uma traseira mais ressaltada e com linhas horizontais. Ao vivo lembrou o Voyage. O para-choque, da mesma maneira que na frente, está mais leve e bonito. As lanternas saltadas também reforçam uma impressão mais bem acabada do Renault. Aliás, a versão da foto é a Authentique, cuja tampa não traz a barra cromada na base.
O que ficou um pouco estranho foi o imenso brake-light instalado na parte inferior do vidro, mas no geral o Logan está mais aceitável. Bonito ele não é e nunca será, mas agora não destoa tanto da paisagem.
Numa época em que convivemos com projetos ultrapassados como o Classic, Mille, TR4 e Parati, o Logan pode até não ser um carro desejável, mas respeita muito mais o cliente com ótimo espaço interno, posição de dirigir que obedece as “leis da ergonomia” e uma garantia de 3 anos que deveria ser padrão no segmento.