A Renault decidiu promover a famosa reforma de meia idade no Koleos, um crossover do porte do Hyundai Tucson. Para quem não conhece, o modelo foi desenvolvido pela Renault Samsung, braço coreano da montadora que também criou o Fluence. Mas, ao contrário deste, o Koleos está distante do Brasil.
Mesmo com um mercado fervilhante nesse segmento, a Renault brasileira parece pouco se importar em oferecer algo para seus clientes. Pior: desde o fim da Scénic, não há nada no portfólio que faça o papel de carro familiar e que tenha uma posição elevada de direção.
Será que o temor por diminuir a atração pelo Duster, o SUV “arroz com feijão” que será lançado em outubro? Mesmo que tenha medidas semelhantes, o Duster é um carro simples e que custará, esperamos, em torno de R$ 55.000. Já o Koleos poderia atuar numa faixa entre R$ 70.000 e R$ 80.000. Só para termos uma referência, a Renault argentina vende o Koleos por US$ 34.000, ou R$ 57.000 numa conta simples. Como aqui tudo é mais caro, nossa previsão não deve estar tão fora.
O Koleos já estava mesmo precisando de uma reestilização. O visual original ainda utilizava aquela grade dupla horizontal, dividida pelo prolongamento do capô, onde ficava o logo da Renault. O para-choque também era extremamente sem graça. A traseira, no entanto, ficou intocada. Além de motores a diesel, o Koleos usa um sistema de transmissão 4×4 da Nissan.
Dureza é ver a Renault dizer no release que “o Koleos é oferecido em 40 países em cinco continentes”, mas o 4º maior mercado do mundo não conta. E curioso que a montadora chegou a importar cinco exemplares no ano passado com propósito desconhecido. Um deles, inclusive, estava entre os carros do staff da Renault no lançamento do Sandero. Koleos no Brasil, só para funcionário da marca, pelo jeito.