O Fluence ter sido eleito a melhor compra do especial Qual Comprar da revista Autoesporte não nos espanta. O sedã da Renault tem um custo-benefício imbatível, é muito bom de dirigir, espaçoso e bem equipado. Só falta mesmo a marca saber vendê-lo.
Parece até praga. A Renault faz campanha, mostra o carro há meses, mas as vendas não decolam. Pelo contrário: estão mais baixas que na época do Mégane, em 2006. Tudo bem que hoje existem mais rivais, mas a impressão é que a rejeição à marca é enorme nessa faixa de preço. Quer um exemplo? O novo Jetta, mesmo mais simples e menos potente (além de mais caro), já vende quase 1.500 unidades por mês – o Fluence sofre para chegar a 700 carros.
Talvez a marca argumente que teve problemas com a produção na Argentina e que agora o impasse entre o governo brasileiro e o argentino tenha segurado seus carros na fronteira, mas veja o caso de um leitor do Blogauto que nos mandou um e-mail nesta semana.
Ele decidiu comprar um Fluence há dois meses, mas pediu outra cor que não existia no estoque. A Renault aceitou a encomenda e pediu que ele esperasse. Adivinhem? Há alguns dias, a concessionária ligou para avisar que não teriam o modelo na cor que o leitor escolheu. Claro que ele desistiu da compra.
São atitudes como essa que acabam com a imagem de um bom carro e nem que ele ganhe outros 10 prêmios mudará a percepção do consumidor, preocupado que é com o pós-venda.