O mais espantoso no anúncio das montadoras Daimler e Renault-Nissan é, claro, a picape com a logomarca da Mercedes-Benz. Quem em sã consciência pensaria numa picape turbodiesel cabine dupla com cara da marca alemã? Se bem que não falta conhecimento de mercado para os alemães, ainda assim, eles foram prudentes e pediram ajuda para a franco-japoneses que fornecerão a nova Frontier como ponto de partida para a inédita picape.
Mas é nas entrelinhas do texto que está uma boa notícia para nós: “The 1-ton pickup will mark Renault’s second entry into the pickup segment after the launch of a half-ton pickup later this year“. Em resumo, a nova picape média da Renault, também baseada na Frontier, é a segunda investida no mercado de picapes, depois do lançamento da picape de meia tonelada no final deste ano, diz o trecho. Quem é ela? A Duster Oroch.
Curiosa essa inclinação tardia da Renault para o mercado de picapes, mas é fato que a marca francesa se dá bem com a van Master e como as caminhonetes têm um viés de lazer não parece assim algo inapropriado.
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A nota triste é que tudo leva a crer que a Frontier, base para ambas as inéditas picapes (Renault e Mercedes-Benz), será feita na Argentina, o que automaticamente elimina a necessidade de uma linha de produção no Brasil. Aliás, veja como são as coisas. Há alguns anos, num artigo que escrevi me espantei em saber que os argentinos compravam picapes Frontier da Tailândia, apesar da versão brasileira estar bem pertinho, mas ‘distante’ em matéria de impostos, custo de produção e burocracia. Eis aí algo para nosso políticos refletirem.
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