Renault Clymbol
Olha só como são as coisas. O Clio II desembarcou no Brasil em 1999 querendo passar uma imagem de modernidade e sofisticação – até airbag de série trazia. Mas o Renault acabou ofuscado pelo Peugeot 206 e, com o tempo, perdeu esse papel para ficar mais e mais simples e barato. Quando o Sandero chegou, imaginava-se que o Clio fosse morrer em seguida, mas aconteceu o contrário: a Renault baixou os preços, aumentou garantia e barateou sua manutenção. O resultado foi o renascimento do carrinho uma década depois da sua chegada. Mas a marca francesa não está satisfeita.
Agora que descobriu uma fórmula vencedora no segmento dos compactos populares, a Renault decidiu que vale a pena dar um tapa no visual do Clio, já desgastado há muito tempo. Jean-Michel Jalinier confirmou para os jornalistas brasileiros em Paris (incluindo esse que vos escreve) que o Clio ganhará um facelift em breve.
Acredita-se que essa mudança aconteça em 2012 e que torne o hatch um carro de linhas mais leves e modernas, assim como ocorreu com o Symbol, nada mais que um Clio Sedan com novo roupagem. Realmente, não é a imagem que fazíamos da Renault há 10 anos, uma marca que vende carros antigos ou versões locais dos Dacia – aliás, Jalinier, um francês educadíssimo, ficou indignado quando um jornalista disse que a Renault virou Dacia no Brasil -, mas se ela quer ter volume é preciso oferecer um carro de baixo custo como a Fiat faz com o velho Mille.
Se a estratégia irá funcionar por muito nós não sabemos, afinal uma legião de novos compactos está para desembarcar, mas é legítima. A foto acima é uma montagem do Garagem do João unindo o Clio atual com visual do Symbol.