Obsoleto há tempos no mercado nacional (são 16 anos de vendas sem grandes mudanças), o Renault Clio se prepara para dizer adeus no País. A montadora francesa encerrou recentemente a produção do hatch popular em sua planta de Santa Isabel, na Argentina, onde o modelo é conhecido como “Clio Mio”. Pelo menos é o que indica uma imagem feita na linha de produção da unidade, que circula pelo WhatsApp.
O atual Renault Clio vendido na América do Sul é o de segunda geração, enquanto o mercado europeu, por exemplo, já oferece a quarta geração do carro (que caso seja oferecida por aqui, iria rivalizar com modelos como Ford Fiesta e Peugeot 208). O veículo está disponível em versão única de acabamento, com preço de R$ 34.985, equipada com um motor 1.0 litro flex de até 80 cv e 10,5 kgfm.
Por se tratar justamente de um carro de projeto antigo, além da categoria de populares oferecer uma série de modelos novos e mais modernos, como Fiat Mobi e Volkswagen up!, o Clio não consegue vender bem há tempos no Brasil. De janeiro a setembro desse ano, foram apenas 10.536 unidades emplacadas, enquanto o up!, por exemplo, vendeu 28.569 exemplares no mesmo período.
No entanto, com a “morte” do Clio, a Renault não vai ficar sem um representante no segmento. Para ocupar o lugar do falecido, a empresa já prepara a estreia do Kwid, um carrinho inédito de projeto indiano, que recebeu uma série de alterações para se adaptar aos gostos e necessidades dos brasileiros, como novos equipamentos (airbags frontais e laterais de série) e reforços estruturais.
O novo Kwid é esperado para o Salão do Automóvel de São Paulo, que acontece entre os dias 10 e 20 de novembro, e deverá começar a ser vendido no começo de 2017. A novidade deverá dispor de um motor 1.0 litro de três cilindros, com 75 cavalos de potência, e câmbio manual.
Esse Kwid é ligeiramente diferente do Clio em termos de segmento mas vai ser uma boa substituição.