O Brasil tem um novo personagem no posto de carro mais barato do Brasil. É o Chery QQ, compacto chinês que há alguns anos ensaia sua entrada no mercado brasileiro. O modelo de desenho até simpático – mas totalmente feminino – desembarca por aqui por R$ 22.990, oferecendo de série direção hidráulica, ar-condicionado, CD player com MP3, ABS e airbag duplo. Mas se a relação custo-benefício vai muito bem, dirigibilidade e acabamento vão muito mal.
Segundo Vagner Mantovani, diretor de Vendas da Chery do Brasil, 1.004 unidades do QQ (pronuncia-se “quiu quiu”) já foram comercializadas – 404 carros do primeiro lote trazido, mais 600 do segundo, que desembarcou hoje (29) por aqui. A partir de maio, a Chery trará 1.500 exemplares por mês, responsáveis por bater a meta de 12.000 carros/ano. Outro argumento interessante a favor do QQ são os preços das revisões: R$ 99 (2.500 km), R$ 149 (10.000 km), R$ 199 (20.000 km), R$ 149 (40.000 km).
Mas onde o Chery QQ vai mal, afinal? Basicamente, no acabamento interno, onde os encostos de cabeça mais parecem almofadas de loja de móveis de quinta categoria; nas borrachas de vedação expostas, na suspensão extremamente molenga que torna qualquer curva a mais de 50 km/h um perigo e a geral sensação de fragilidade que o carro transmite. O desempenho até que não é dos piores.
O carro mais barato do Brasil traz até ABS e airbag, mas não faz milagres.