Depois de dez anos no setor, hoje cobri uma coletiva diferente. Estou escrevendo aqui do Palácio do Planalto, em Brasília. A PSA Peugeot Citroën teve uma reunião com a presidente Dilma Rousseff para expor os planos de ampliação da fábrica de Porto Real, no Rio de Janeiro.
Isso em meio à demissão do Ministro dos Esportes Orlando Silva. Ficamos esperando um bom tempo pelo fim da reunião e Dilma acabou não participando da coletiva por ter de definir a situação do Ministro (que deu uma coletiva aqui ao lado a pouco).
Mas, voltando ao campo econômico, o presidente da PSA na América Latina, o português Carlos Gomes explicou o plano do grupo francês. Nada menos que dobrar a produção em Porto Real, de 150 mil para 300 mil unidades por ano até 2015. Já em 2012 a capacidade subirá e isso inclui também a produção de motores que chegarão a 400 mil unidades por ano.
Notícia ótima, claro, ainda mais que inclui oito novos modelos na região – a Argentina está na conta. Perguntei a Gomes se a Peugeot será a principal beneficiada com o investimento já que sua linha está defasada. Ele confirmou e afirmou que a “linha da Peugeot é a mais atrasada”, mas quis dizer que o portfólio está mais desatualizado.
Tentei tirar dele alguma afirmação sobre os modelos mas o executivo saiu-se com essa: “faremos os modelos que o consumidor quer”. Sim, ele não falou mas está claro que são compactos os principais produtos, o 208, da Peugeot (e sua família) e o C3 renovado, entre outros.
Segundo uma pessoa da marca ouvida em off, “não existe subcompacto barato nos planos”, em relação a um possível concorrente do up! e do Fiat que será feito em Pernambuco.