O atual Peugeot 308 foi ofuscado pelos novos Ford Focus e Volkswagen Golf no mercado brasileiro, mas para a felicidade da fabricante francesa, a nova geração do hatch médio já estreou lá fora. Portanto, para confrontar os novos modelos, a empresa estuda comercializar o novo hatchback por aqui, segundo o presidente do Grupo PSA Peugeot-Citroën para a América Latina, Carlos Gomes, durante uma entrevista no Salão Internacional do Automóvel de Paris 2014.
De acordo com o executivo, a ideia da fabricante é importar a nova geração do Peugeot 308 2015 ao País para conviver com a geração atual, que é fabricada na Argentina, como uma opção mais “sofisticada” da linha.
“Uma das lições que aprendemos em 15 anos no Brasil é que existem muitos consumidores buscando um produto mais refinado. E dispostos a pagar por isso. É para esses clientes que ofereceríamos o modelo europeu, apesar de encarar o desafio tão grande como é vender dois produtos com o mesmo nome”, disse Gomes.
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Portanto, é de se esperar que o Peugeot 308 2015 seja comercializado por aqui com preços na faixa dos R$ 85 mil, equipado com o motor quatro cilindros turbo 1.6 litro THP de 165 cavalos de potência, que deixaria de ser oferecido na linha do 308 atual – este com as opções de motores 1.6 litro e 2.0 litros, já ofertados atualmente. Caso tudo ocorra conforme o planejado, é provável que o novo hatch chegue nas revendas ainda em 2015.
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É impressionante como a Peugeot se afunda cada vez mais no Brasil e parece que não aprende nunca. Enquanto não entenderem que precisam investir no Brasil, com produtos de qualidade, nunca vão conseguir se firmar no mercado. Trazer o 308 importado vai ser um tiro no pé, pois vai rebaixar o 308 atual, que já é vendido com margens super apertadas e mesmo assim não desencalha, enquanto o importado não vai ter um volume de vendas significativo (por ser muito caro), ou seja, não vai dar lucro.
Será mais um erro de marketing da marca no país, assim como já foram o 206,5, o 206 SW e a Hogar. Enquanto isso as outras marcas ganham terreno.
Essa marca acabou com sua imagem de sofisticação ao vender o 207 brasileiro, que foi um grande engodo.
Peugeot, não tem jeito, sempre será vista como carro de classe média de uma fonte que respeita mais seus consumidores do que as demais, justo por usar materiais mais refinados. Mas mecanicamente seus carros não estão distantes acima, são semelhantes, quase iguais. Por isso, a Peugeot deveria se jogar ao público e tomar o espaço da Chevrolet. Lembro que a Peugeot vendia o 307 a preço altíssimo. Com o tempo ela via que não vendia tão bem seus carros, embora mais avançados e via as outras marcas tomarem terreno com equipamentos semelhantes ou um pouco melhores. Ela teve que congelar os preços do 307 e deixar as outras aumentarem seus preços. Foi daí que a Peugeot passou a ser buscada pelo seu público novamente e a ganhar público de outras marcas.
Se ela quer fazer sucesso com o 308 II, ela terá que deixar o atual um pouco mais barato na versão de entrada, o intermediário talvez um pouco mais recheado, o esportivo porque ele é mais radical no estilo, embora tendo 4 portas e oferecer o 308 II para quem tem necessidade mais familiar. Vendê-lo acima do preço do 308 THP será matar as duas linhas 308 I e 308 II.