A Peugeot trouxe até Thierry Peugeot, um dos herdeiros da marca, para o Brasil para testemunhar o início da produção do Peugeot 208, novo hatch compacto da marca que começou a ser fabricado neste mês em Porto Real, no Rio de Janeiro. O modelo começará a ser vendido no dia 13 de abril, mas terá apresentação à imprensa na 2ª quinzena de março.
O Peugeot 208 é a grande esperança da marca em retomar os velhos tempos do 206, seu “avô” que foi um dos modelos mais desejados do país há pouco mais de 10 anos. A situação é tão complicada na marca francesa que o compacto chegou ao Brasil pouco mais de um ano depois de ser lançado na Europa, coisa rara nesse mercado.
A razão é que a Peugeot quer ter mais de 50% das suas vendas fora da Europa, que está em crise e vende cada vez menos. Suas rivais já conseguem algo parecido, inclusive a Renault, que tem no Brasil seu segundo maior mercado no mundo.
Como não tem uma “segunda linha” de veículos como ela (leia-se Dacia), a saída foi tentar ganhar espaço no segmento dos hatches compactos mais equipados onde hoje estão o Ford New Fiesta, Hyundai HB20, Chevrolet Onix e seu primo, o Citroën C3 de nova geração. A receita aqui é tecnologia a bordo como a tela LCD de 7 polegadas sensível ao toque e o visual chamativo.
O Peugeot 208 brasileiro, aliás, terá pouca coisa diferente do francês. O volante oval e baixo é o mesmo assim como os painéis de visual bastante atraente. O que muda mesmo são os motores – 1.5 e 1.6 flex em vez de 1.0 de 3 cilindros ou turbo – e alguns detalhes subjetivos como ponteira de escapamento saliente, segundo a marca, uma preferência nacional.
O preço, mantido em segredo, deve começar em torno de R$ 36 mil ou um pouco mais. Já a versão mais cara deve ficar com o mesmo preço da série especial Premier, ou seja, R$ 55 mil.
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A Peugeot diz querer produzir 55 mil unidades este ano, sendo que parte disso vai para outros mercados dos continente menos o Chile – ah, Chile – que, por ter uma legislação menos protecionista, receberá o 208 europeu. Se vender 4,5 mil por mês por aqui, a Peugeot já vai estar aliviada. Como o 208 tem agradado na Europa, dá até para sonhar com esses números. Thierry Peugeot está orando desde já.
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