Hoje em dia é bastante comum levar os cães e gatos nos passeios do carro. Porém, muitos não sabem que há regras para o transporte desses animais. De acordo com profissionais do ramo, os pets não devem ficar soltos durante o trajeto (o que pode render multas e pontos na carteira de habilitação, além de gerar um perigo para o bem-estar e saúde dos pets) e também não permitir que eles coloquem o focinho para fora da janela para pegar vento, hábito bastante adorado por alguns cães.
Segundo a veterinária Gislaine Mattos, do Centro Veterinário Pet Center Marginal/Petz, no Pacaembu, em São Paulo, os pets soltos no interior do veículo pode tirar a atenção do veículo. Além disso, eles podem se machucar em freadas bruscas e, caso as janelas dos carros estejam abertas, pular com o veículo em movimento. “Sem contar que o hábito de ficar com o focinho na janela ao vento pode provocar otite, inflamação do ouvido”, adverte.
Para o transporte correto do pet no carro, tem como opção as caixas de transporte, as cadeirinhas e o cinto de segurança que são vendidos nos pet shops. As caixas devem ser arejadas e com tamanho ideal para que o animal possa rodar em torno do seu próprio eixo, além de não ficarem soltas no interior do veículo. As caixas devem ser presas ao cinto do carro ou fiquem no chão para evitar deslocamento nos trajetos.
“Se forem adaptados desde filhotes nas caixas, eles se acostumam. Se o animal for mais velho, o tutor deve fazer a adaptação com paciência, oferecendo petiscos para que o cão ou o gato não associe a caixa a algo negativo”, explica a veterinária.
Além disso, os pets podem apresentar enjoo e vômitos durante os trajetos, devido a naupatia, enjoo provocado pelo movimento. O dono do animal deve conversar com o veterinário responsável antes de seguir viagem. “O movimento e os solavancos repercutem nos canais internos do ouvido dos animais, área responsável pelo equilíbrio, causando esse tipo de sintoma”, destaca.
“Os filhotes são mais suscetíveis ao problema porque não estão acostumados com movimentações e transporte e que seus dispositivos de controle de náuseas ainda estão imaturos, sendo estimulados a medida que o organismo requeira. Caso essas viagens sejam inevitáveis, é possível usar medicações específicas para os animais, nunca se deve recorrer aos medicamentos para humanos, já que o organismo dos pets é diferente”, diz a Dra Gislaine.
Os animais mais velhos também são vítimas do problema, já que, como já tiveram crises de enjoo no passado, costumam associar o passeio a mais um momento de estresse e de ansiedade, levando a vômitos e náusea. “Essa situação perturbadora vira um ciclo vicioso que só será interrompido com a dedicação do tutor que deverá acostumar o animal a passeios mais curtos no carro no início, com paradas para o animal caminhar e fazer as necessidades”, recomenda.
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Antes do passeio, é recomendado não alimentar o animal, para evitar vômitos. “Em casos mais graves, também pode se recorrer a medicação, na dúvida, o tutor deve pedir ao veterinário que prescreva algo para atenuar esse tipo de sintoma, sempre lembrando de nunca utilizar as mesmas drogas usadas em humanos”, conclui.
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