Meus caros, estou em Genebra cobrindo o salão para o iG Carros. Apesar da correria, segue aqui uma lista do que vi de legal no evento, com meus comentários pessoais. Essa seleção pode aumentar caso eu me lembre de outros modelos.
O Megapixel é evolução do Pixel que, por sua vez, era uma releitura da proposta do Nano. Em outras palavras, como fazer um carro barato que europeu goste já que o Nano passou longe de agradar. As portas deslizantes são bem funcionais para cidades e o interior parece bem aproveitado. Daí virar realidade já é outra história, mas o caminho me parece promissor.
Demorou para a Ford se tocar que uma minivan compacta é ainda uma boa sacada na Europa. O Fusion – o europeu – tentou sem sucesso, mas com a B-Max a missão parece possível. O modelo é bonito, prático – também apela para a porta deslizante na traseira (além de dispensar a coluna B), melhor que a estranha porta suicida da Opel Meriva – e confortável. Se os motores Ecoboost cumprirem com a expectativa que criaram, a Ford vai se dar bem. Queria ver a B-Max no Brasil, mas com o EcoSport novo isso é uma utopia.
Não que o visual seja arrebatador. Pelo contrário, é a mesma receita da Volvo nos últimos anos, mas o V40 (ah, sim, trocaria esse nome para C50 ou algo assim) é um hatch para pensar em comprar. O C30 tem seu valor, é verdade, mas espantava muitos clientes com suas soluções exóticas e pouco práticas. O V40 não. Segue a cartilha da praticidade e tem um interior muito legal além de bom pacote técnico que deve melhorar no futuro já que a Volvo prepara uma nova família de motores 100% sua.
Se você tem um bom home-theater em casa ou qualquer aparelho com um som potente (um iPhone serve) experimente ver no Youtube esse vídeo (http://www.youtube.com/watch?v=v5ML9ET7GJ0). As imagens e a música dizem tudo. A Ferrari passou o vídeo num telão em seu estande com o volume tão alto que você sentia no peito a vibração do motor V12. Parecia que a F12berlinetta estava acordada ali do lado.
Em matéria de design, eu considero a Nissan em duas situações bem distantes. Há os esportivos como o GT-R e o 370Z que têm um visual cativante e o carros comuns, com seu estilo apagado. O Invitation é um sopro de renovação bem vinda. Suas linhas são bárbaras, os faróis e lanternas saltam aos olhos e a grade faz muito mais pela marca que uma Livina inteira. O nome, aliás, não poderia ser mais perfeito. Só resta torcer para que o modelo vire algo palpável.
Quando eu venci o mar de gente que formava uma barreira humana à frente do Aventador J a primeira coisa que me veio à cabeça foi “nossa, parece um Mach 5 futurista do desenho Speed Racer!”. O Aventador jé um esportivo com imensa personalidade, mas essa versão passa dos limites. A Lamborghini faz carros um tanto exagerados, porém, o “J” não parece ter nada sobrando.
Não acho os carros da Koenigsegg bonitos, detesto o nome, não sei nem como eles conseguem fazê-los ir tão rápido, mas tive de dar o braço a torcer. Essa versão com pintura azul é fabulosa. Até na foto o carro ficou meio que em 3D. Ao vivo, é melhor ainda. Mas nem assim eu levaria para casa…
Fiquei mal-humorado com a Peugeot aqui na Suíça. Aluguei justamente um 207 europeu para ir ao salão, carro que não tinha dirigido anteriormente. E é um bom hatch, mais espaçoso, ergonômico e confortável que o nosso falso 207. Ainda gosta de bater duro no asfalto, mas era para ser um concorrente respeitado no Brasil. Agora, a marca vai corrigir esse equívoco com o 208 nacional. Mas ele será tão bacana quanto o europeu?
Tive a oportunidade de conhecê-lo em detalhes graças à paciência de funcionário da Peugeot no estande e adoraria ter um. O visual não vai gerar o mesmo alvoroço do 206, mas é inconfundível. O carro traz motores e câmbios novos e muitas sacadas legais como tela multifuncional com direito a aplicativos que falam com a internet e smartphones. A posição de dirigir é ótima, o volante pequeno e ovalado possui ótima pegada e o acabamento surpreende. Claro que falta andar para confirmar várias teorias, mas a Peugeot tem uma ótima chance de se redimir no Brasil.