Entrou na curva em grande estilo...olha lá...tá indo bem...não perde mais...perdeu!!!

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É, meus amigos, vida de jornalista do setor automotivo não é fácil, não. Uma hora a gente tem de conhecer um BMW Série 5, outra hora vai fazer test-drive no Audi R8, só sofrimento… Vira e mexe, somos colocados à prova por algum assessor engraçadinho, que gosta de ver nossa desgraça. Aí inventam uma provinhas pra gente passar vergonha e descobrir que de piloto nós não passamos de jogadores de videogame.

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Por isso, quando o pessoal da feira X-Treme Motorsports convidou alguns jornalistas para ver a demonstração de drift que será uma das atrações do evento, estava lá, em letras bem miúdas: ” e experimentar os carros, primeiro ao lado de pilotos profissionais de Drift e, na sequência, tentativas de pilotagem do jornalista”.

Pegadinha das boas. Dispostos a honrar a camisa jornalística, este repórter e outros cinco colegas resolveram aceitar o desafio, mas combinamos não contar para ninguém o vexame… Não aguentei e mostro aqui minha curta e “emborrachada” experiência.

O pessoal da Drift Company é brasileiro, mas radicado no Japão, onde as competições dessa modalidade existem aos montes. Aqui pensar na profissionalização é díficil porque o gasto com pneus é absurdo. Um jogo pode durar algumas horas ou minutos… haja patrocínio de pneus.

Antes de assumir o comando do Nissan Silvia, do lado direito, por sinal, vou no banco do passageiro numa demonstração dupla com outro dos carros do evento, o Toyota Chaser. A facilidade com que eles travam o diferencial e mantêm os carros andando de lado é impressionante.

Nosso piloto simplesmente tira o pé da embreagem com rapidez enquanto mantém o giro um pouco alto. Ao deixar a embreagem, o acelerador é apertado com força para travar o diferencial traseiro, sem o qual não é possível executar a manobra. Daí é só controlar a aceleração, o volante serve apenas para corrigir a trajetória, diz o intrépido dono do carro.

Chega a minha vez: sento do lado direito temendo estranhar a posição, mas até que a troca de marchas não foi difícil, apenas diferente. O carro é da década de 90 e tem comandos duros: embreagem, acelerador, câmbio e por aí vai. O motor turbo não chega a impressionar e a razão é até simples – o Silvia não tem preparação para o Drift, ao contrário dos outros três carros, o Chaser e dois Nissan: 180 SX e 240 SX.

Ouço a explicação e tento executar a primeira vez. Claro que na hora de soltar embreagem, manter a aceleração e em seguida acelerar forte fica só na teoria. A sensação é de se estar na corda bamba – pouca aceleração e nada acontece, muita e você roda facilmente. E como. Devo ter girado umas cinco vezes.

De todas as tentativas, o melhor que fiz não durou alguns metros. Mas que fique só entre a gente…

Uma coisa é certa: o drift, apesar da quantidade de borracha queimada que respirei, é uma brincadeira extremamente interessante, coisa para você passar o dia tranquilamente estragando jogos e jogos de pneus.

O drift mais rápido do mundo: deve ter durado uns 2 milésimos de segundo

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