A Fiat foi sábia. Poderia ter transformado o novo Viper numa Ferrari americana, mas preferiu manter intacta algumas tradições do esportivo ex-Dodge – agora quem responde por ele é a SRT. A nova geração foi revelada nesta quarta-feira no Salão de Nova York, evento que não costuma ser tão importante no mercado mas que este ano até tem suas exclusividades.
A principal delas é o motor. Nada de blocos modernos europeus e sim um V10 8.4 litros de 640 cv. Certamente, mais eficiente, mas ainda há anos-luz de um V8 da Ferrari. São apenas 76 cv por litro, a mesma de um motor 1.0 nacional. Mas não dáva para mexer nisso sob pena de receber protestos dos fãs do modelo.
O visual, embora com alguns elementos mais refinados, não perdeu alguns traços do passado, como o perfil da carroceria e a traseira, com seu aerofólio característico. A Chrysler ainda acrescentou uma grade bem ao estilo da marca. O capô também diz muito sobre o potencial do modelo. Talvez os LEDs nos faróis sejam o aspecto menos a ver com o Viper, mas alguma coisa precisaria evoluir. Acho que Caroll Shelby não deve reclamar muito.
Em compensação, o interior está mais bem acabado, embora muito parecido com outros modelos do grupo. O esportivo também ganhou controles eletrônicos de estabilidade e tração, itens que o Viper anterior não dava bola.
Dados técnicos mais precisos ainda são mistério assim como sua estratégia de mercado. Uma coisa é certa: o novo Viper será produzido em Detroit, como manda a tradição.
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