O site holandês Secret New Cars obteve um furo mundial ao fotografar ninguém menos do que o novo Polo Sedan em testes numa região da Áustria. Apesar de o flagra ter ocorrido numa região europeia, a nova geração do sedã não é voltada para eles, a princípio. A Volkswagen tem outros planos que incluem a produção do modelo na Índia e no México. De lá o sedã será exportado para países da Ásia e para os Estados Unidos e Brasil.
O Polo Sedan 2011 é quase com certeza o projeto que a VW mexicana chama de “novo sedã compacto“. O novo carro faz parte da estratégia de oferecer veículos bem acabados, mas econômicos e compactos para os norte-americanos.
E como a Volks brasileira não tem hoje um sedã capaz de brigar com o Honda City e Linea, esse novo Polo Sedan, maior e mais sofisticado, pode ser a solução. Prova disso é que é nítido o aumento do entreeixos do carro fotografado. Isso é um sinal de mudança de categoria e deixa o sedã com mais espaço interno e um status superior – o atual Polo Sedan, por exemplo, mantém o mesmo entreeixos do hatch. E dá para arriscar até que a Volks pode batizá-lo com outro nome já que o Polo hatch europeu não virá para o Brasil, pelo que tudo indica.
O site diz que o novo Polo Sedan será apresentado no Salão de Nova Delhi, no começo de 2010, a mesma época em que a VW mexicana pensa em revelar seu “novo sedã compacto”.
O retrovisor é do nosso Gol G5.
A VWB só precisa desse carro e de um novo Golf para ficar uma linha bem completa e atualizada ao nivel da fiat, que tem o Linea e terá o Bravo em breve, o hatch não precisa pq já tem Gol e Fox.
Ou seja, a VW do Brasil é tão incompetente, tem custos tão altos ou é tão usurária que prefere fazer o carro no México, mercado decadente que deve fechar o ano com vendas ao redor de 800 mil unidades, contra 980 do ano passado e 1,2 milhão de 2.006, fora o "prejú" de US$ 1,1 bilhão por lá ano passado e continuar a ser uma mera empresa de um carro só, que cobra absurdos R$ 40 mil por uma picapinha com rodas de ferro.
O mercado é aqui, mas o investimento é lá fora, para ver se a gente sustenta operações que estão afundando. Gozado que na época da crise aqui, a empresa sem produtos novos falava até em fechamento de fábricas, e lá em vez disso eles investem em novos produtos.
@Eduardo T. Küll
O problema (ou sorte) do México é que ele é vizinho dos EUA. Um carro que vende pouquíssimo para os padrões de lá (ex: VW Jetta) tem um volume de um carro de sucesso aqui (ex: VW Voyage). Nosso mercado é pequeno quando vc tira da conta os superpopulares Gol, Uno, Celta e Palio. O que sobra não justifica muitas vezes volume para investir na produção. É o caso contrário da América do Norte.
Se os carros nacionais não tivessem o preço que tem (devido a altos impostos e margens das montadoras e concessionárias) e o mercado fosse mais exigente (consumindo carros médios e não tão básicos), é capaz que tivéssemos volume suficiente para ter um carro médio moderno e equipado sendo fabricado aqui. Como não é assim, com o real valorizado vale a pena importar. Ainda mais do méxico, que tem acordo de isenção de imposto de exportação para o Brasil.
@Danilo Ferreira
não é do nosso Gol. O nosso Gol é que tem o retrovisor dos novos Golf e Scirocco europeus…
Ao Leandro Pi:
Em termos, é bom lembrar que quando o Brasil recebeu a maior parte dos investimentos em carros novos (Golf, Astra, Vectra, etc.), o mercado vendia pouco mais de 1,2 milhões de unidades com perspectiva de vender 3 milhões em 2.010 e 5 milhões lá para 2.013 e a carga tributária era a mesma, fora que havia a CPMF. Hoje, vendendo 3 milhões (pelo TERCEIRO ANO CONSECUTIVO – em 2.007 faltaram 12.000 carros para este número por falta de mais DOIS DIAS ÚTEIS DE VENDAS), com perspectivas sérias de vendas de 6 a 8% maiores no ano que vem, NO MÍNIMO e agora vêm com esta história de que imposto isso, custo aquilo. Fala isso para as japonesas.
Lembro ainda que fábricas como a da VW e Renault/Nissan no Paraná, as da Honda e Toyota em São Paulo, Ford na Bahia e Chevrolet no Rio Grande do Sul, fora a da Mercedes em Minas, foram construídas sob um programa de instalação de empresas que dura ainda até 2.015, 2.016, dependendo da data do contrato de cada fábrica, onde receberam terrenos com infraestrutura, etc. e tiveram benefícios como postergação de ICMS, possibilidade de devolução do mesmo como forma de investimento futuro, etc. Ou seja, estas unidades estão "protegidas" com impostos mais baixos e retorno de dinheiro de impostos devidos por pelo menos mais uma geração de carros a ser feitos nelas, portanto, estão produzindo com benefícios que aumentam a lucratividade destas plantas. A VW, especificamente, ao passar a fazer o Fox no Paraná, na minha opinião quebrou o contrato firmado, pois dependendo do texto, o benefício poderia ser vinculado a um modelo específico ou a uma família de modelos, o que não ocorre com Fox e Golf. Ela está aumentando a sua lucratividade com benefícios fiscais concedidos para um determinado programa que ela não está cumprindo.
Sabem qual é o culpado disso tudo? O Brasileiro. Que é capaz de ficar 5 anos pagando uma bostinha de um carro mil por puro capricho, pra mostrar pro vizinho que comprou um carro do ano.
Aqui no México se valoriza o dinheiro. Os únicos carros mil que tem aqui é Hyundai Atos e Pontiac G2. E via de regra sao mais usados por taxistas dentro dos centros urbanos.
Quando o brasileiro realmente aprender a "comprar", ou seja, a valorizar o seu dinheiro, quem sabe parem de fabricar carroças como Uno Mille, Palio, Ka e Agile e começem a fabricar carro de vedade.
Li um artigo que saiu no Jornal daqui outro dia, que o petróleo que o Brasil encontrou pode ser a bençao ou a desgraça do país. Tomara que seja a primeira opçao. Senao se convertirá em mais uma Venezuela da vida.
@Eduardo T. Küll
Eduardo, eu poderia dizer várias coisas, mas acho que este seu argumento, somados seu outro complemento nesta mesma matéria em resposta a outro colega, reflete exatamente aquilo que penso, pois concordo totalmente com suas conclusões.
O novo Sedan derivado do Polo deverá se chamar Derby (um nome que a VW usou outrora) e entrará no lugar do Bora, derivado do Golf. O atual Polo Sedan passará a ser chamado de Polo Classic.