Para virar um Civic só falta ao Cerato o painel de dois andares, volante de diâmetro curto e o motor flex. O novo sedã médio da Kia exibe muitas referências ao Honda, o que é um bom sinal visto que seu inspirador é o médio mais vendido do Brasil. Andamos com o Cerato entre Mogi das Cruzes e Bertioga num percurso de mais de 120 km durante o lançamento nesta sexta-feira, transmitido ao vivo pela nossa página no Twitter.
Tal qual o Soul, também o Cerato deve fazer bonito no mercado: é um sedã muito bom de dirigir, com motor 1.6 16V de boas respostas, silencioso, econômico (segundo o Inmetro, faz 19,9 km com um litro de gasolina), tem acabamento caprichado e bom pacote de equipamentos.
E é bonito tanto por fora quanto por dentro. A frente lembra, sim, o Civic, mas a traseira é mais personalizada. Mas não resta dúvida que a Kia se debruçou sobre o Honda para criar um modelo com soluções muito parecidas.
Seja no apoio de braço, nos bancos traseiros, na tampa do porta-malas, nas rodas ou nos faróis, o Civic é notado em vários detalhes do novo Cerato. Porém, o Kia custo muito menos – são R$ 49 900 na versão básica, que não estará nas lojas até o começo de setembro.
Andamos na versão intermediária com câmbio manual e na top, com câmbio automático sequencial. Esta última oferece trocas suaves mesmo quando se exige tudo do motor. O modo sequencial tem respostas rápidas, mas o sistema muda as marchas se a rotação de corte é atingida.
Destaque mesmo é câmbio manual. Por menos que venda, o Cerato é uma opção muito interessante. Seus engates são curtos e precisos a ponto de estimular uma tocada mais forte. A direção é ágil, mas não chega perto da que equipa o Civic, e é hidráulica, um tanto pesada, ao contrário da elétrica do Soul.
O painel é tradicional, mas de muito bom gosto, com iluminação em branco e vermelho e ar-condicionado digital de fácil operação. Ao contrário do Soul, o Cerato tem computador de bordo com 7 funções.
A derrapada da Kia é oferecer chave com keyless no chaveiro – até o Tiggo chinês tem chave com botões integrados. Equipar a versão básica com freio a tambor atrás também é uma economia desnecessária, assim como as rodas de aro 15 – o Cerato merece pelo menos 16 polegadas.
Por isso, sem dúvida, as opções válidas de compra são a intermediárias, por R$ 52 900 e top, com câmbio automático, por R$ 57 900. Os dois trazem também ABS com EBD, item indispensável em médios hoje em dia.
Se não é o maior, o porta-malas do Cerato é suficiente – são 415 litros, que traz as mesmas hastes de rebatimento dos bancos traseiros que o Civic tem.
Vamos comparar com calma o Cerato com outros rivais – sobretudo o City -, mas de antemão vai a dica: quem está de olho no novo sedã da Honda, aconsenlhamos a fazer um test-drive no Cerato antes de visitar uma concessionária da marca japonesa.
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