A Ford está apresentando o novo Fusion para a imprensa em evento hoje na Bahia. Como adiantado aqui no BlogAuto, o sedã foi reestilizado e ganhou motorização mais eficiente, além de uma nova versão V6 com tração integral. Os preços são aqueles mesmos já divulgados aqui: R$ 84 900 pela versão 2.5 (que substitui a 2.3) e R$ 99 900 pela versão V6.
Esse facelift é um daqueles raros em que o resultado fica melhor que o original. Tudo bem, a grade “Gillete Mach 3” foi ampliada com certo exagero, mas o conjunto agrada, principalmente pelo novos faróis – o antigo era feio de doer. Melhoraram a traseira também, mais sutilmente. Reparem que as lanternas têm um corte na parte inferior e estão em relevo em cima, onde se unem à tampa do porta-malas, que ganhou um brake-light gigante.
O fato é que os donos de Fusion gostam da sua aparência exagerada, digamos. É um carro que impõe respeito, ou seja, nada para ficar nas sutilezas de um Honda Civic, por exemplo.
O interior, ah que alívio, está menos tosco. O antigo fazia o motorista parecer uma criança: volante, botões, assento e as costuras do couro pareciam numa escala maior. Agora está mais coerente, embora o voltante continue gigante. Os bancos estão mais justos e o painel, bem mais moderno. Os mostradores foram ampliados: o velocímetro está no centro, com RPM do lado esquerdo e o seletor de marchas, mas temperatura do motor e tanque de combustível, no direito.
O console central é dominado pelo sistema SYNC, da Microsoft (podia ser Apple, né), que centraliza diversas funções na tela touchscreen: Bluetooth, DVD, CD player MP3 e até 10 GB de memória para arquivar o que quiser.
Quanto aos motores, só faltou transformar em flex, mas isso é difícil de acreditar – a Ford já demora para lançar o Focus 2.0 Flex, quanto mais transformar o 2.5 em bicombustível. A resposta da marca deve ser do tipo: “os clientes desse tipo de carro não se importam com motor flex”.
Mas, com a queda do preço do petróleo, e se o presidente Lula deixar a Petrobras abaixar o valor da gasolina, o Fusion vai ficar barato de andar: o 2.5 litros, com 173 cv, anda 9,2 km para cada litro de combustível na cidade – o V6 gasta um pouco mais: 7,3 km/l.
Mesmo com 1 650 kg, o Fusion 2.0 V6, com 243 cv, acelera de 0 a 100 km/h em 8,5 segundos. O 2.5 leva 9,9 segundos, um pouco melhor que antigo 2.3 (10,3).
O pacote, portanto, é bom e inclui tração 4WD no V6, vários equipamentos de segurança, como ABS com EBD, controle de tração e estabilidade e até um recurso chamado Grade Assist, que “elimina” a 6ª marcha para deixar o Fusion mas ágil.
O preço do 2.5 é pouco maior que o do antigo 2.3 e o V6 está “psicologicamente” abaixo de R$ 100 000. É um valor interessante, mas impossível de comparar com o Azera, da Hyundai, que oferece um pacote semelhante por bem menos – dependendo da promoção até por R$ 67 000.