Peugeot sobe de nível, Citroën desce
Não é segredo para ninguém que a Peugeot e a Citroën passam por um mau momento no mercado global, sobretudo a primeira. As duas marcas pertencem à PSA, grupo francês que foi o mais atingido pela crise européia. As vendas têm caído e as duas marcas sofrem mais que as rivais porque ainda dependem muito do mercado local.
Diante de um cenário catastrófico como esse surpreendeu o discurso de Philippe Varin durante a apresentação dos resultados da empresa no mês passado. O CEO da PSA considerou que as “Peugeot e Citroën são muito próximas” hoje e revelou qual será a estratégia das duas marcas num futuro próximo, segundo publicou o jornal Automotive News.
De acordo com Varin, a Peugeot ficará cada vez mais sofisticada enquanto a Citroën terá uma atuação de extremos: de um lado, a linha DS será expandida e continuará como a mais premium do grupo, mas do outro, a linha “C” será simplificada para brigar abaixo dos modelos da Peugeot.
Segundo essa definição, carros como o C3 e o C4 serão eficientes e equipados com tecnologia de fácil manuseio além de design “purista”. Já os modelos da Peugeot serão confiáveis e com alta percepção de qualidade, sem falar no prazer de dirigir elevado.
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Para os analistas consultados pelo jornal, a estratégia é arriscada já que vai inverter a atual ordem em que a Citroën é a referência de luxo e a Peugeot, a marca um pouco mais popular. Talvez o correto fosse rebaixar a Peugeot para que ela fizesse um papel parecido com o da Dacia no planejamento da Renault. Outro problema apontado pelos especialistas é o prazo para que essa mudança de imagem consiga ser aplicada já que a fabricante não tem dinheiro em caixa para continuar tendo prejuízo por muito mais tempo.
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