Nissan revela o Pulsar, seu novo hatch médio

Se existe uma categoria em que a Nissan ainda não tinha acertado mão é a de hatches médios. O Tiida, que foi vendido no Brasil até o ano passado, flertava com o segmento de minivans e não possuía aquela agressividade que se espera de um modelo desse tipo. Na China, uma nova versão do Tiida chegou perto disso e tive a oportunidade de dirigi-lo recentemente, mas não era ainda o carro certo para brigar com o Focus e o Golf.

Agora, com o Pulsar, parece que a marca japonesa acertou a mão. O novo hatch médio, que resgata um nome usado na décade 80, tem linhas mais condizentes com o que se espera desses carros. Para a Nissan, é mais uma tentativa de ter na Europa a mesma representatividade que ela possui nos Estados Unidos ou México, por exemplo.

Além do design, o Pulsar também traz como argumentos de compra o espaço interno, o maior da categoria, segundo a Nissan. O entreeixos, de 2,7 m, é a prova disso e a marca garante que os passageiros do banco de trás encontrarão um ambiente generoso – o comercial do carro brinca justamente com essa ideia (veja abaixo).

Até aqui, nada de mais, afinal não é apenas espaço que esse cliente procura. Mas a Nissan não esqueceu dos equipamentos e o Pulsar traz vários sistemas de auxílio hoje mais comuns em carros mais caros como alerta de desvio de faixa e de colisão frontal, frenagem automática de emergência e central multimídia com interação com o Google.

Ainda assim, o ponto nevrálgico não está aí e sim na dirigibilidade. Nesse sentido, o Pulsar oferecerá três motores, dois a gasolina e uma a diesel. Este último tem 110 cv e o motor a gasolina de entra, 115 cv. Ou seja, soluções para o dia a dia, o que é comum na Europa. É no terceiro que residem as esperanças de um desempenho mais adequado à proposta. Com 190 cv, o motor 1.6 turbo promete emoção, ao menos com câmbio manual já que a versão automática utiliza uma caixa CVT.

O Pulsar chegará as lojas em setembro e será produzido na Espanha. Os preços ainda não foram revelados. Chances de termos esse carro no Brasil? A princípio, pequenas. Para chegar até nós, o hatch médio precisaria ser feito no México e ter algum potencial de vendas nos Estados Unidos. O que, convenhamos, não parece o caso.