Na entrevista para o jornal Automotive News, o presidente da Nissan para as Américas comentou que a empresa quer focar sua atuação na América do Sul daqui para frente. Segundo Carlos Tavares, “a participação de mercado da Nissan no México é de 20%, enquanto no Brasil é apenas 1%”.
Por isso, ele já indicou o caminho para mudar essa situação: um novo carro compacto. Ele será produzido na fábrica da Renault e Nissan no Paraná, mas Tavares não revelou quando isso ocorrerá. A estratégia é óbvia, afinal todas as marcas sabem que para crescer aqui é obrigatório atuar no segmento compacto, de maior volume. O problema é que isso significa pouco lucro.
A Toyota fabrica automóveis no país há mais de 10 anos e somente agora investirá num compacto que, assim mesmo, custará mais que Gol, Palio e Celta. Por outro lado, os carros da Nissan têm tido uma aceitação maior no país comparado aos modelos da Renault.
A iniciativa não se resume a esse projeto. Deveremos ter um modelo de baixo custo importado da Índia, em parceria com a marca Bajaj – uma espécie de clone do Tata Nano.
E podemos receber antes disso uma picape compacta que a Chrysler (se sobreviver) produzirá no México para a Nissan em troca do Tiida sedã que os japoneses farão para a Dodge, com o nome Trazo.
Segundo o blog Argentina Auto Blog, a Nissan planeja vender no final deste ano no país vizinho essa picape inédita na configuração 4×2, voltada para o trabalho. Não é possível entender exatamente qual o porte do modelo, mas é certo que hoje a marca japonesa não tem um veículo utilitário nessa faixa já que a Frontier é muito grande e sofisticada.