Não adianta procurar. Nem mesmo exemplares de show-room existem hoje nas concessionárias da Nissan. Sim, falamos do March, o hatch compacto mexicano que ultrapassou qualquer expectativa de vendas no Brasil e é hoje o mexicano mais vendido do país.
Lançado há quase um ano, o modelo uniu bom pacote técnico com preços mais baixos, o que, aliado à origem japonesa, o trasnformou num sucesso imediato. Mas a restrição à importação do México, decretada pela presidente Dilma Rousseff complicou a vida dos consumidores, lojistas e da marca, claro.
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Bastou a redução do IPI para que o compacto e seu irmão sedã Versa sumissem das lojas. Hoje há concessionárias que nem aceitam encomenda, como o Blogauto constatou no último fim de semana. A informação em uma delas é que os carros estão parados no porto esperando a definição do regime automotivo, adiada pelo governo por várias vezes.
O fato é que a Nissan certamente atingiu a cota de importação estipulada pelo governo e agora aguarda as novas regras para poder planejar a importação de novos lotes. Mas a espera para o consumidor pode acabar dentro de um ano.
Nacional e fluminense
Antes mesmo de todo imbróglio do governo, a Nissan já havia anunciado que o March e o Versa seriam fabricados no Brasil, numa nova planta em Resende, cidade ao lado de Porto Real, onde estão a Peugeot e a Citroën, além da fábrica de caminhões da Volkswagen. Exclusiva da marca japonesa, a fábrica começaria a funcionar em 2014, mas a demanda alta e os problemas com o México fizeram a fabricante antecipar a construção.
Segundo apurou o iG Carros, a fábrica já começou a ser construída e a meta na empresa é ter tudo pronto para começo de produção no 2º semestre de 2013, talvez até antes. Se isso vier a ocorrer será positivo para o consumidor desde que o bom preço e o nível de equipamentos sejam mantidos pela Nissan.