Depois de acreditar na conversa mole das quatro grandes montadoras instaladas no país, o governo brasileiro teve um momento de lucidez, segundo o jornal Folha de São Paulo. A presidente Dilma determinou que o ministro do Desenvolvimento Fernando Pimentel negocie com as montadoras que pretendem instalar fábricas no Brasil para estender o benefício da isenção do aumento do IPI.
Ainda está longe do caminho lógico que é reduzir impostos para quem produz aqui e com alta taxa de nacionalização e tecnologia embarcada, mas ao menos mostra que Dilma não está assim tão na mão das quatro marcas “donas” da Anfavea. E é principalmente uma correção de atitude em relação à Chery, Hyundai, JAC e, ao que tudo indica, BMW, marcas que têm planos de ter fábrica no Brasil.
Tudo seria mais simples se o governo tivesse determinado um prazo para elas atingirem os 65% de conteúdo nacional para ter a isenção. Quem vai ficar numa posição complicada é a Kia. A montadora coreana permanece reticente quanto a ter uma unidade em território brasileiro – o máximo que fez foi criar uma linha de montagem do caminhão Bongo no Uruguai. Certamente os coreanos terão de rever essa ideia caso queiram manter o crescimento por aqui.