Depois de acreditar na conversa mole das quatro grandes montadoras instaladas no país, o governo brasileiro teve um momento de lucidez, segundo o jornal Folha de São Paulo. A presidente Dilma determinou que o ministro do Desenvolvimento Fernando Pimentel negocie com as montadoras que pretendem instalar fábricas no Brasil para estender o benefício da isenção do aumento do IPI.
Ainda está longe do caminho lógico que é reduzir impostos para quem produz aqui e com alta taxa de nacionalização e tecnologia embarcada, mas ao menos mostra que Dilma não está assim tão na mão das quatro marcas “donas” da Anfavea. E é principalmente uma correção de atitude em relação à Chery, Hyundai, JAC e, ao que tudo indica, BMW, marcas que têm planos de ter fábrica no Brasil.
Tudo seria mais simples se o governo tivesse determinado um prazo para elas atingirem os 65% de conteúdo nacional para ter a isenção. Quem vai ficar numa posição complicada é a Kia. A montadora coreana permanece reticente quanto a ter uma unidade em território brasileiro – o máximo que fez foi criar uma linha de montagem do caminhão Bongo no Uruguai. Certamente os coreanos terão de rever essa ideia caso queiram manter o crescimento por aqui.
Se sobrar só a KIA "punida" vai ser sacanagem
obviamente essa é uma atitude mais racional, mas na minha opinião não refresca em nada o absurdo que foi mudar as regras no meio do jogo, na calada da noite, em uma reunião na quinta-feira a noite para as medidas valarem numa sexta-feira. Primeiro criou-se o pânico, o desespero e a desconfiança, e agora as medidas que seriam aceitáveis vão sendo negociadas a conta-gotas. É o mais puro espírito maquiavélico: faz-se o mal de uma vez só, e o bem aos pouquinhos.
O Mantega deve ter levado o maior pé-de-ouvido da nossa história recente por ter feito um decreto tão incompetente, furado, e corrupto. Parece que o presidento Dilma não sabia de toda estória… VERGONHA TOTAL! Ao menos podemos respirar aliviados, com uma luz no fim do túnel – que venha a BM!
@Leandro Pi, corretíssimo. Nosso governo, infelizmente, perdeu TODA a credibilidade, aqui e lá fora, com uma canetada absurdamente incompetente, leviana e corrupta.
"Brasileiro com vergonha na cara disse:
O Mantega deve ter levado o maior pé-de-ouvido da nossa história recente por ter feito um decreto tão incompetente, furado, e corrupto."
Cara, vc viajou na maionese. A Dilma falou uma coisa correta. Ela foi eleita para proteger os empregos daqui, não no exterior.
Parabéns para a Presidente!
Antonio, vá ler um jornal, pelo amor de deus.
@Antoniokings, se informe melhor para não falar bobagens e passar por ignorante estúpido. Quem diz que o governo não defende empregos ou industrialização não sou eu.
"
IPI maior para carros importados permite maquiar percentual de peças nacionais. Dados do Sindipeças sustentam que salário de executivo e marketing são incluídos nos 65% dos custos que precisam ser produzidos no Brasil ou no Mercosul. Dados dos produtores de autopeças sugerem que, como o percentual produzido no país é calculado a partir do preço final, e não sobre o custo de produção, despesas sem vínculo com a área industrial podem ser incorporadas. A decisão de proteger a indústria automobilística instalada no Brasil apresenta limitações por deixar empregos desprotegidos e por deixar de lado contrapartidas de criação de postos de trabalho, na visão da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Seria necessário que o governo pressionasse as montadoras multinacionais beneficiadas pelas medidas a promover novos investimentos no setor, especialmente no de autopeças. Ao exigir conteúdo nacional ou regional nos veículos para oferecer isenção de impostos, o Brasil Maior não assegura que haja incremento da produção nacional de componentes das peças usadas em sistemas completos – como o motor, por exemplo. Parafusos até peças complexas de injeção eletrônica podem ser trazidos de fora para compor esses sistemas, montados no Brasil ou nos países do Mercosul. Sem essa exigência, não há garantia de mais empregos e investimentos na ampliação ou sofisticação das fábricas de autopeças.
Para impedir a manobra e favorecer o setor de autopeças, seria necessário que o índice de nacionalização fosse analisado a partir do custo de produção, e não sobre o preço final do veículo ao consumidor.
Outra preocupação é a possibilidade de que haja triangulação na compra de peças com países do Mercosul ou o México. Na prática, peças contabilizadas como conteúdo regional podem ter sido trazidas da China ou de outros países asiáticos, por exemplo, e apenas montadas no Brasil ou na região.
A falta de disposição para mais investimentos por parte das montadoras é indicada pelo fato de que 75% das importações de carros no Brasil são feitas pelas montadoras que têm fábrica no país. Esse percentual deve escapar dos 30 pontos percentuais adicionais de IPI introduzidos pelo decreto.
"
Vamos lá gente… Tá dando certo! Boicote às montadoras "donas" da ANFAVEA, até o final do ano ou até cair essa medida ou os preços dos carros vendidos no Brasil.
Acho que ninguém crê ser justo pagarmos o preço mais caro do mundo por um veículo, sem os mesmos níveis de tecnologia e segurança que os equivalentes estrangeiros, apenas pra sustentarmos altos salários e benfícios de executivos de multinacionais estrangeiras, banqueiros e financeiras. Todo mundo aqui deve trabalhar duro para poder conquistar suas coisas, portanto façamos campanha em todos os meios e formas possíveis para atingirmos este objetivo:
Se eles não vendem, serão forçados a baixar o preço, o governo a reduzir impostos (e também pra não perderem a popularidade com desemprego e recessão) e só os consumidores é que se beneficiarão disto.
Não vamos baixar a guarda agora! Estamos com a faca e o queijo na mão, agora é só cortar. Boicote ao carro zero das montadoras da ANFAVEA até o final ou até a lei imbecil do IPI cair ou o preço do carro baixar para patamares anteriores a 2008. Se já conseguimos o impeachment de um presidente, isso certamente não será tão difícil.
Divulguem a seus familiares, amigos e colegas para aderirem também ao boicote.
Tem gente aqui que é petista e carteirinha, por postar asneiras, pois quando a dilma falou na record essa semana, ela disse que nós já temos 20% de importação, e se esqueceu que só 6,00% é realmente importado pela abeiva, portanto sr. antoniokings, começe a ler jornal de economia, que vc se informara melhor, pois de sindicalistas e petistas, nós já estamos de saco cheio com essa medida esdruxula e protecionista!
Ricardo, voce esta a serviço de quem? Das quatro empresas que sustentaram o país durante vários anos, proporcionando empregos e a melhoria de vida de diversas classes, com certeza não é!!! Ou das que jamais se preocuparam com a fase dificil da economia brasileira nos anos das vacas magras, e agora sem necessidade de investimentos, trazem seus pseudos modernos produtos para arrancar os reais dos brasileiros e enviar para suas matrizes na Coreia e China?
@sync, você está enganado – as matrizes dos grandes importadores são Europa e Eua, pois estes importadores são o cartel chamado ANFAVEA. O que você está falando é facismo, e não economia de mercado.
Vejam que nem a CUT, e tampouco o Sindipeças engoliram a mentira do nosso governo. Mas tem consumidor cego, surdo, e burro que engole as mentiras do cartel e governo. O nosso país precisa de gente séria, interessada em resolver os problemas de verdade, de planejamento de longo prazo para indústria, e não de fantasiar a corrupção com boas intenções.
Carro brasileiro ficará com 20% de conteúdo nacional:
http://bit.ly/nIMJQ4
http://bit.ly/pTJDXI http://bit.ly/qjBhB0
Consequencia:
http://bit.ly/qJ5mTi
Continuo duvidando e aposto que a fábrica prometida pela BMW irá para o México.
@Avila, faz todo o sentido, apesar das esperanças brasileiras: o México pode atender Nafta e Mercosul simultaneamente – como concorrer dessa maneira? Coloquei em um outro comentário (aguardando moderação) dados divulgados pelo sindipeças que o índice real de nacionalização dos carros "nacionais" HOJE é 20%, e não acima de 65% como diz o governo. O que importa realmente para o país é a indústria de autopeças, pois essa fabrica e cria tecnologia, ao contrário das montadoras multinacionais que só montam e importam. É frustrante perceber o quanto nosso governo é incompetente e corrupto.
O nosso sistema político como um todo está errado. Temos um executivo poderoso e um legislativo conivente.
Essa matéria deveria ter sido discutida antes no congresso e não ter sido tomada de supetão pelo executivo.
O que aconteceu foi um desgaste exagerado e um prato cheio para a oposição pegar no pé destes petistas nas próximas eleições.
Todos compram carros. Mesmo usados, pois esses também foram afetados pois se o preço do novo sobe o do usado acompanha.
Foi uma medida, no mínimo, incompetente da equipe econômica e precipitada e arrogante da presidente.
Independente de beneficiar A ou B, este aumento de IPI afeta diretamente nos consumidores! Nao vou ficar aqui defendendo FORD, GM, VW e Fiat, pq nenhuma delas eh brasileira! Produzem aqui, mas exportam seus lucros para suas matrizes! Qdo algumas marcas nos oferem produtos de melhor qualidade, com acabamento melhor, vem Dilma e seu ministro e fazem uma sacanagem desta!!!! Eh vergonhoso!! Querem q continuamos a comprar carrocas! Sempre fui cliente GM, desde epoca monza depois vectra! mas depois Passei Honda toyota e agora Hyundai, e falo de consciencia tranquila, nossas montadoras (Fiat, ford, vw e GM) estao mto longe do conforto, desing e tecnologia das outras!
@Daniel Flávio, concordo 100%! E o problema é justamente esse: produtos ruins sem condições de vender lá fora, se atiram nas cordas e ganham regalias do governo corrupto.
Vamos continuar a divulgar esse absurdo, para quem sabe um dia termos um país mais justo e honesto. Saudações.
@brasileiro!!! Parar de comprar carros nacionais infelizmente eh impossivel, mas lutar pra termos qualidade e carros melhores eh nosso dever! Somos consumidores e somos nos q pagamos por isso!
@Leandro Pi,
Eu ia até expressar meu pensamento, mas quando li o comentário do Leandro, não foi preciso, pois ele representa fielmente aquilo que também penso.
O pior de tudo é que mesmo fabricando no Brasil, nenhuma montadora trará de início sua linha completa de veículos nos diversos setores, pois o investimento seria em muitos bilhões de dólares para fabricar entre 5 a 10 modelos diferentes, como é o caso da Hyundai e Kia. Assim para um país comunista como o nosso, talvez pudesse ser permitido a importação de modelos sem o acréscimo do IPI com a contrapartida da produção inicial de um planta industrial automotiva mesmo que pequena. Ninguém chega e já compra o quarteirão e despeja seus produtos para serem produzidos de uma vez, é preciso ver a aceitação de cada produto, ir ampliando o número de revendas… portanto poderia deixar de ser onerado não o carro "modelo", mas sim a Marca.
@Brasileiro com vergonha na cara.
Eu não tinha todo esse conhecimento. Muito boa essa matéria. Valeu.
Concordo contigo Daniel Flávio. Depois que passei para os carros da Honda, dificilmente voltarei para as quatro "brasileiras".
@avila getulio
Mto bom!!!!
A qualidade eh indiscutivel! Pena q aos poucos honda toyota e outras estao se juntando a Ford Fiat VW e GM na formacao de precos! E a Dilma ainda colabora com IPI!!
Esse aumento temporario do IPI foi uma grande cartada, coisa de poker!!!
Os neguinho agora tão correndo pra começar a produzir por aqui…vejam que 65% ou 20% não interessa!!
Ei garela, não interessa!!!
O que importa é que os 'projetos de fabricar no brasil" que nunca saem do papel e existem apenas para convencer consumidores que tem medo de comprar importados a realizar!
É o primeiro passo, depois a lei cai, mas já tendo fabricas aqui, o papel do governo esta feito, mesmo que com pouca nacionalização…é muuuiiito melhor que nada!
É mais comprometimento com nosso consumidor…
O preço dos carros será objeto do fim da Lei Ferrari…