Curioso como algumas ideias simples e sem grande ambição acabam se transformando em cases de marketing. São vários os exemplos, mas basta lembrar da nossa surrada sandália Havaianas, que já foi símbolo de calçado para pobre – lembro de “recuperar” a tira de várias quando arrebentavam na frente e bastava emendar com algum tipo de fio para o chinelo seguir em frente. Já há algum tempo virou coisa de bacana, subiu de preço e ganhou versões descoladas. O Mini é uma espécie de Havaianas inglesa: nasceu como carro urbano barato, capaz de acomodar gente e bagagem e rodar pelas ruas londrinas, mas depois virou modelo cult na nova geração.
Todos aqui já sabem que ele migrou para outra categoria, a de segundo carro de gente abastada, carrinho para o dia em que a BMW está no rodízio ou para ir a uma festa e chamar a atenção. E não é que a Mini foi lá no passada buscar outra inspiração para um novo modelo da família?
Olhe aí abaixo de onde surgiu a ideia para o Mini Beachcomber: o Moke, um buggy praiano que parece brinquedo de parque de diversões.
Apesar da foto do catálogo mostrá-lo como um mero carrinho de golfe, o Moke ficou mais famoso como buggy da moçada da década de 1960 que ia para a praia – na Austrália ele tem até fã-clube.
Bem, e o tal Mini Beachcomber? Exceto pela ausência de portas e teto, o conceito não tem nada a ver com seu “antecessor”. Há de tração 4×4 a estepe externo na traseira. O visual robusto lembra de leve o do Crossover Concept, outro estudo para um Mini fora-de-estrada.
A Mini apresentará o Beachcomber no Salão de Detroit, em janeiro.