Situação curiosa a da marca Seat. A empresa espanhola é de propriedade da Volkswagen, como quase todos sabem, mas sua linha de produtos acaba sendo um tanto parecida com a da própria dona. Como não tem a mesma imagem da marca alemã, não se pode esperar dela muita coisa ainda mais com a crise financeira que abalou a economia do país em maior grau que em outros mercados. Apesar de ter investido pesado na Seat, que lançou modelos com design atraente e um certo ar de Audi, a VW não está satisfeita com a falta de resultados da subsidiária, o que torna seu futuro incerto.
Segundo o CEO da empresa, James Muir, a Seat pode até fechar caso não haja uma reação. As vendas da marca caíram 8,5% em 2009, o que é normal diante dos problemas mundiais, mas este ano também não saiu do vermelho até agora.
A fábrica da marca em Martorell, por exemplo, tem uma excepcional capacidade, de 500 mil veículos por ano (cerca de 60% do tamanho da unidade de Betim, da Fiat, uma das maiores do mundo), mas opera com apenas 60% de seu potencial.
A esperança, no caso, não vem da Seat e sim da Audi que usará a planta para fabricar o novíssimo crossover Q3, um rival para o BMW X1 em 2011.
No Brasil, a Seat teve uma presença discreta e, embora conste como membro da Anfavea, a marca não vende carros há anos aqui. A Volkswagen ensaiou alguns retornos, mas isso até hoje não ocorreu e, pelo jeito, não tem pinta que vai acontecer um dia.