Com apenas 4.000 unidades comercializadas no mercado brasileiro desde sua chegada, em 2010, a Lifan estava mal das pernas no País. A fabricante chinesa nem deu as caras no Salão do Automóvel de São Paulo. Para reerguer suas estruturas por aqui, a empresa abandonou a até então importadora e representante, a Effa Motors, passando a assumir suas operações no Brasil. Para iniciar suas operações, foi necessária a construção de uma nova infraestrutura completa em Salto (SP). Além disso, o fabricante adquiriu o controle da operação do antigo controlador.
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De acordo com o anunciado, essa nova fase irá dar prioridade, pelo menos por agora, na reestruturação da rede de concessionárias – que durante esse período que a marca passou por uma “crise” em solo nacional tendo agora apenas 28 lojas abertas –, o que inclui a reorganização das revendas e a ampliação da rede, para voltar a comercializar seus veículos no mercado, e resolver as pendências com os atuais clientes em relação a peças e serviços. Até dezembro deste ano, a Lifan pretende atuar no Brasil com 60 funcionários.
Inicialmente, não haverá lançamentos, vendendo os modelos 320 e 620, ambos produzidos na unidade da marca de San Jose, no Uruguai. Porém, daqui alguns meses, a Lifan irá lançar novos produtos, entre eles um crossover, provavelmente o X60. Além disso, a empresa já cogita a construção de uma fábrica no Brasil. Mas enquanto a marca não reconquista o mercado a ponto de instalar uma unidade exclusiva para nós, a unidade uruguaia irá receber um investimento de US$ 150 milhões para ser ampliada, produzindo até 50 mil veículos. Além disso, esse aporte será destinado também para a construção de uma unidade fabril destinada para a produção de motores.
No início deste ano, a Lifan Motors anunciou uma joint-venture com a Effa, nomeada Lifan Motors do Brasil, que iria agir no mercado brasileiro e demais países da América do Sul. Até 2014, segundo a empresa, seriam investidos no Brasil e no Uruguai cerca de US$ 120 milhões, direcionados para “modernizar e ampliar a capacidade produtiva da linha de montagem instalada no Uruguai, pesquisa e desenvolvimento de produtos, ações de marketing, ampliação e estruturação da rede de concessionárias”. Porém, como a empresa não conseguiu se reestruturar por aqui, os planos foram por água-baixo.
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