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A Kombi morreu. Viva a Kombi!

Kombi

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A campanha de despedida da Kombi ganhou seu último capítulo nesta semana com um comercial que fez muita gente até chorar (veja abaixo). Bacana. Ela merece. Mas isso não deve confundir o fato de que o utilitário saiu de cena muito tarde. Se nossa legislação fosse séria, a Kombi já seria parte do passado há muitos anos.

A longa sobrevida da Kombi se deu por uma conjunção de fatores a se lamentar: a falta de concorrência, que deixou a Volks numa situação privilegiada, a inépcia de vários governos, que não acompanharam os avanços em tecnologia no exterior, e dos clientes, que viam nela um veículo confiável e de custo-benefício imbatível, mas ignoraram os riscos que um produto antiquado carregava – e carrega, já que há milhares delas por aí.

A verdade é que a Kombi não ficou insegura, ela sempre foi insegura, assim como outros veículos antigos que circularam no Brasil. A diferença é a tolerância que temos para certos índices. Daqui a 20 anos, certamente os riscos que corremos hoje nos carros mais modernos, embora com vários sistemas ativos e passivos, também serão inadmissíveis. Isso é bom. O que não é bom é que um veículo qualquer drible essa situação.

Se até o Fusca, com toda sua legião de fãs, sucumbiu ao avanço da tecnologia, com a Kombi não poderia ter sido diferente. Basta olhar o infográfico abaixo para notar como tudo evoluiu, menos ela.

Homenagear a Kombi é bonito, a Volks pega quase todos pelo coração quando diz que temos uma história com ela, mas teria sido mais digno para a “Velha Senhora” se ela tivesse se aposentado na hora certa e não 64 anos depois de nascer.

A tecnologia avançou em vários sentidos, já a Kombi…

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