É o que o site Carro Online, do Terra, quis saber. O comparativo entre os dois novos sedãs do mercado pode ser lido aqui. A dúvida é cruel mesmo. Nós avaliamos os dois carros na época do lançamento e o Kia impressionou muito mais, sem dúvida. Mas a questão mercadológica influencia demais e nisso a Honda é imbatível.
Em termos de vendas está uma goleada: o City já emplacou 2 335 unidades este mês enquanto o Cerato apenas 388 carros. E aí é até meio que covardia, afinal o Honda é feito aqui em Sumaré, já o Kia vem da Coreia e depende da visão de seus executivos na hora de encomendar os lotes de importação, meses antes. Ou seja, se exageram, sobra carro e dá-lhe desconto, se são comedidos, falta carro e paciência para os interessados.
No acabamento, não há dúvida: o coreano é bem melhor que o japonês. O motor 1.6 também agradou mais que o 1.5 do City, embora esse seja muito bom também, mas o fato de ele ser flex embola a cabeça do consumidor. Quanto ao espaço, o Cerato parece bem maior, mas tem porta-malas menor – também o sedã da Kia foi feito para ser vendido nos Estados Unidos como compacto e o City nunca chegará lá, já que é carro de país em desenvolvimento.
Em equipamentos é covardia para o pobre (literalmente) City. O Cerato tem ar digital, comandos satélites no volante, opção sequencial, repetidores de direção nos retrovisores, faróis de neblina e ABS com EBD. E custa quase R$ 3 mil a menos que o City LX.
Mas a preocupação com a desvalorização e mesmo o status favorecem o Honda. Certamente, a Kia vai ter de provar no dia-a-dia que seu carro é um bom negócio. Na teoria ele dá a entender que sim.