Deve ter sido uma sensação indigesta para o presidente da Kia, José Luiz Gandini: ver sua marca bater o recorde de vendas no Brasil e saber que esse crescimento será interrompido por conta do aumento do IPI para importados.
A montadora coreana emplacou nada menos que 9.050 carros em setembro, o que a fez terminar o mês em 7º lugar, à frente de nomes como Peugeot, Citroën e Toyota. Aliás, quase o mesmo volume da irmã Hyundai.
Mas, ao contrário da própria Hyundai, que perdeu espaço no mês passado, a Kia viu sim seus carros terem uma demanda maior, mas o maior responsável pelo crescimento foi o novo Picanto (foto) que estreou em grande estilo, com mais de 1.400 emplacamentos. Além disso, Sportage e Sorento tiveram ótimos resultados assim como o Soul – apenas o Cerato decepcionou, o que o fez perder a vice-liderança entre os sedãs médios para o Civic.
Pena que daqui para frente, com preço mais alto, os carros da Kia já não exibirão o mesmo custo-benefício. E pior: a marca é a única entre as 15 mais vendidas a não ter planta no país ou mesmo planos para construir uma fábrica no Brasil. Gandini e seus parceiros coreanos vão precisar pensar seriamente nesta questão.