A Kia anunciou nesta semana que aderiu ao programa Inovar-Auto, criado pelo governo federal para incentivar o conteúdo nacional nos veículos vendidos no Brasil. A marca sul-coreana, no entanto, optou por assinar um termo de importadora, que permite que ela venda 4,8 mil unidades por ano sem pagar 30% de IPI extra. A condição exige que a empresa atinja metas de eficiência energética até 2017 quando o acordo se encerra.
O grupo Gandini, que representa a Kia no Brasil, argumentou que sem o apoio da matriz não poderia atender aos requisitos. Agora que a Kia decidiu investir nas metas, a marca poderá fazer uso da cota para melhorar suas vendas, que caíram bruscamente desde a limitação de importação.
Ainda assim, os quase 5 mil carros da cota não representam nem um quinto do que a Kia vende no Brasil. Por isso, a expectativa da marca é vender 30 mil unidades em 2014, apenas 3% a mais que em 2013. Isso inclui 6 mil unidades do Bongo, caminhão que é montado no Uruguai e também não paga IPI extra.
Fábrica brasileira
A adesão, no entanto, é apenas um respiro até que a principal medida para retomar suas vendas no Brasil tenham efeito. Segundo Blogauto apurou, a matriz da Kia deve assumir a operação no Brasil no final de 2015 e iniciar a construção da fábrica em território nacional em 2016. A unidade é cotada para ser construída em algum ponto ao largo da BR-020, que vai de Goiás ao Ceará.
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Não se sabe ainda o que a Kia pretende fabricar no Brasil, mas é certo que o imbróglio com a Asia Motors é coisa do passado – a antiga montadora deixou dívidas no Brasil referentes ao benefício fiscal obtido para construir uma fábrica que nunca saiu do papel.
Quanto ao grupo Gandini, o que se comenta é que concentrará sua atuação na Geely, a marca chinesa que chegará ao Brasil em janeiro. Antes da mudança, a Kia pretende lançar em 2014 o novo Soul em maio e o sedã de luxo Quoris, em abril. Por outro lado, os coreanos desistiram de lançar aqui o Cerato hatch, o Koup e a nova geração da minivan Carens.
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