A Justiça do Rio de Janeiro intimou a General Motors a convocar em até dez dias um recall para solucionar um suposto problema nas pinças de freio do sedã Cobalt.
O requerimento para o recall partiu da Comissão de Defesa do Consumidor da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, que relatou vários casos em que as pinças estariam com um problema de fabricação, mas que a GM tem evitado sanar apropriadamente.
De acordo com o órgão, a GM tem feito um reparo paliativo em vez de trocar a peça. Esse paliativo consistiria em engraxar as peças ou, então, aplicar um adesivo nelas. Os órgãos, no entanto, não explicam como os consumidores estão sendo afetados pelo problema.
Caso não publique nenhum recall em veículos de imprensa até o final do prazo, a GM terá de pagar multa diária de R$ 20 mil além de R$ 5 mil por cada ocorrência com o Cobalt. A montadora ainda não se pronunciou sobre o caso.
Dedo decepado
A situação com a GM não é a primeira em que uma marca é obrigada contra a sua vontade a admitir um defeito de fabricação que põe em risco a segurança dos ocupantes. A Volkswagen passou por uma situação constrangedora em 2008 quando negou que o Fox tivesse um mecanismo perigoso de rebatimento dos bancos. Alguns clientes tiveram o dedo decepado pelo equipamento, mas a VW no início considerou o caso como mau uso. Depois de uma avalanche de críticas, a montadora voltou atrás e modificou o mecanismo além de indenizar os atingidos.
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Fiat e Toyota enfrentaram processos pouco tempo depois e também demoraram a reconhecer que se tratavam de problemas. Pode-se dizer que até hoje elas não admitam que os tais defeitos eram passíveis de recall. A montadora italiana foi acusada de esconder um defeito no cubo da roda do Stilo que teria causado alguns acidentes fatais. Já a empresa japonesa viu a onda de recalls mundial chegar ao Corolla e seu tapete que deslizava e acabava “acelerando” o modelo. Em ambos os casos, apesar dos protestos, as duas marcas acabaram corrigindo o problema. Vamos ver como o GM reagirá no caso do Cobalt.
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